Hipnose Sem Mistérios

Dr. Antonio Maspoli

 
 
INTRODUÇÃO 
 
O xamanismo é a mais antiga prática espiritual, médica e terapêutica da humanidade. Consiste em um conjunto de crenças ancestrais e se fundamenta em um processo de introspecções de profundo significado, no contato com realidades do inconsciente coletivo, gravadas no inconsciente pessoal, e com o mundo espiritual (ELIADE, 2002, p. 15-40). Esse contato leva à obtenção de autoconhecimento, à busca do poder pessoal, contribuindo para a cura de problemas espirituais e psicológicos, entre os povos primitivos. Sua prática estabelece contato com outros espectros da consciência, a fim de obter o transe que leva ao conhecimento, poder, equilíbrio, saúde. O transe propicia tranquilidade, paz, profunda concentração, estimula o bem-estar físico, psicológico e espiritual (KAKAR, 1993, p. 139-143).
Esse tipo de transe persiste na cultura indígena do Amazonas. O Pajé dessa região, como no resto do Brasil, é fruto do sincretismo religioso, do cruzamento do catolicismo popular com a religião indígena e com os cultos afro-brasileiros. Os quilombolas chamam essa prática religiosa de religião de pena e maracá, cuja prática tem como centro a invocação dos encantados, os quais são os espíritos dos ancestrais, da natureza e dos antepassados que vivem no fundo dos igarapés e podem ser invocados e recebidos pelo fenômeno da possessão. A função dos encantados é proteger, curar e orientar a vida dos vivos (TAUSSIG, 1993; FIGUEIREDO, 2009).
O Pajé é dotado de poderes mágicos, capaz de realizar e quebrar magias, feitiçarias e encantamentos. O Pajé tem o poder de invocar e incorporar os encantados. O Pajé conhece os segredos da natureza, da floresta, dos tempos e do coração do homem.
No Amazonas, o Pajé é o médico e o guia espiritual de índios e quilombolas, podendo ser enquadrado na definição de Mircea Eliade (2002): “Desde o início do século, os etnólogos se habituaram a utilizar como sinônimos do termo xamã, medicine man, feiticeiro e mago para designar certos indivíduos dotados de prestigio mágico-religioso encontrados em todas as sociedades primitivas.” (ELIADE, 2002, p. 15). Além da arte de curar, o Pajé é um profundo conhecedor dos efeitos benéficos e maléficos das ervas. O Pajé é dotado da técnica do êxtase. O êxtase lhe permite subir aos céus e/ou descer ao inferno da alma humana, além de possibilitar certa atividade profética de previsão dos tempos futuros, para o grupo e até para o sujeito. O Pajé é o especialista na análise dos fenômenos naturais, como preditores do futuro. Ele é capaz de prever, por exemplo, se no próximo ano haverá chuva abundante ou seca calcinante. O Pajé domina a interpretação dos sonhos (ELIADE, 2002, p. 17).
Na literatura mundial, o pajé é mais conhecido como xamã. Seu status de especialista no mundo onírico não decorre somente de um conhecimento intelectual ou didático do assunto, mas, sobretudo, de uma vivência visceral no mundo dos sonhos, e é a partir deste conhecimento empírico que o pajé sustenta suas práticas de cura. (OLIVEIRA, 2014, p. 271).

O sonho do Pajé serve a um propósito de compensação e de cura da alma. Ele pode sonhar, em transe, dormindo ou mesmo acordado. Do ponto de vista psicológico, o sonho do Pajé é um fenômeno psíquico normal, o qual transmite à consciência reações inconscientes ou impulsos espontâneos. A maioria dos sonhos pode ser interpretada por associação, mas, em certos sonhos proféticos e premonitórios, podem aparecer elementos que não são individuais ou formas mentais cuja presença não encontra explicação na vida do indivíduo. Tais sonhos mais parecem formas primitivas da cultura e podem representar uma herança do espírito humano, originária daquele lugar onde se situam os arquétipos, o inconsciente coletivo.

O TRANSE HIPNÓTICO NA MEDICINA DO MUNDO ANTIGO
Os primeiros médicos babilônicos foram sacerdotes que tratavam das doenças espirituais e, especialmente, das doenças mentais, as quais eram atribuídas à possessão demoníaca. Nesse processo, o transe, a hipnose e o encantamento ocupavam lugar de destaque, no processo de cura. Já no Egito, a medicina psiquiátrica evoluiu de maneira notável. Os egípcios não só realizavam importantes cirurgias cerebrais, como também são considerados os pais da arte-terapia e da terapia ocupacional: “Por exemplo, os pacientes eram encorajados a ocuparem-se em suas horas de folga com atividades recreativas como excursões sobre o Nilo, concertos, danças, pintura, desenho, e outras ocupações construtivas.” (GOMES, 2010).
Os gregos peregrinavam até o templo de Esculápio, deus da Medicina, em Epidaurus, e ali eram submetidos a hipnose. Dentre os notáveis que se dedicaram à prática da hipnose, na história da humanidade, destacam-se Avicenas, no século X; Paracelso, no século XVI. No Oriente, a hipnose é uma prática natural incorporada ao Yoga (ALEXANDER; SELESNICK,1968, p. 46).
O TRANSE HIPNÓTICO NO MUNDO MODERNO E CONTEMPORÂNEO
No mundo moderno, o transe ganha destaque e relevância com o trabalho do médico austríaco Franz Anton Mesmer (1734 -1815), o qual aplica a hipnose e a imposição das mãos no tratamento de pacientes neuróticos. Mesmer, além de empregar a técnica da hipnose, também se utilizava de ímãs, pois acreditava que uma força oculta, uma energia de origem animal, o élan vital, fluía do hipnotizador para o paciente. Assim, no mundo moderno, o responsável pelo aparecimento e a difusão da hipnose foi Franz Anton Mesmer, cuja doutrina se resume na afirmação de que a doença resulta da frequência irregular dos fluidos astrais e a cura depende da regulagem desses fluidos. Aqueles que tinham pleno domínio dos seus fluidos podiam comunicá-los a outras pessoas, por intermédio do toque (WEISMANN, 1958, p. 15).
Jean-Martin Charcot foi um médico psiquiatra e neurologista francês, que viveu entre 1825 e 1893, e, apesar de ter realizado grandes pesquisas e ser considerado o fundador da moderna neurologia, geralmente é mais associado pelas pessoas, de uma forma geral, aos temas da hipnose ou algo relacionado ao “tratamento dos loucos”. Mais conhecido como Charcot (ou Dr. Charcot), esse médico fez diversas investigações sobre a histeria e sobre o tratamento dos sintomas por meio do método hipnótico e, sem abordar outras de suas contribuições, na sequência, procuramos discorrer sobre esses dois principais pontos, que são de fundamental importância histórica e técnica para a Psicologia e, em especial, para a Psicanálise  (ELLENBERGER, 1974).
Pierre Janet (1859-1947) foi professor do Collège de France. Aprofundou os conhecimentos psicológicos sobre a histeria e reconheceu a importância dos mecanismos do automatismo mental descritos por seu colega e médico-chefe da enfermaria do Dépôt, Clèrambault (1872-1934). Janet foi o primeiro a utilizar o termo “inconsciente”. Ele abordava os doentes, por meio do método da persuasão, usando a ventilação dos problemas.
Sigmund Freud (1996) estudou seis meses com Charcot, na França, em 1885. Freud  ficou impressionado com o potencial terapêutico da hipnose para o tratamento de distúrbios neuróticos. No entanto, o que mais chamou a atenção de Freud foi o fato de que o paciente hipnotizado, durante o transe, no mais das vezes, poderia ser curado dos sintomas histéricos. Diante desse fenômeno, Freud afirmou a hipótese de que havia doenças mentais causadas por problemas nas estruturas dos neurônios, como, por exemplo, os transtornos psicóticos e esquizofrênicos, mas também havia doenças mentais causadas por fatores puramente psicológicos, como os transtornos neuróticos.
Ao voltar para Viena, ele empregou a hipnose em seus pacientes, com o intuito de comprovar a hipótese psicológica dos sintomas histéricos e para facilitar a lembrança de memórias traumáticas perturbadoras aparentemente esquecidas (ELLENBERGER, 1974).
Jean Paul Sartre (1986), na obra Freud Além da Alma, discorre sobre o caso Ana O., em 1889, ou o caso de Frau Emmy Von N. Uma jovem multiqueixosa, a qual sofria de inúmeros sintomas histéricos, inclusive cegueira e paraplegia, Ana O fora tratada inicialmente por Josef Breuer e Sigmund Freud, com o método catártico, por intermédio da hipnose.
Numa perspectiva arqueológica da mente, durante o transe hipnótico, o paciente era induzido a relembrar seus traumas, para produzir uma catarse. Esta liberava a energia represada pela memória traumática. Essa liberação de energia produzia um alívio nos sintomas histéricos do paciente.
Sigmund Freud (1986) percebeu, porém, que os resultados da hipnose eram transitórios, ao observar que os benefícios terapêuticos duravam apenas enquanto o paciente mantinha contato com o médico. Os sintomas invariavelmente voltavam. Ademais, o relacionamento pessoal com o médico parecia ter maior importância terapêutica do que a técnica hipnótica em si mesma. Sua compreensão dos efeitos psicoterápicos do relacionamento médico-paciente foi expandida, através dos conceitos de transferência e contratransferência (ELLENBERGER, 1974).

A HIPNOSE NO BRASIL
Os estudos sobre hipnose, no Brasil, receberam o nome de método hipnótico-sugestivo. Francisco Fajardo e Medeiros e Albuquerque foram os primeiros a documentar e publicar sobre hipnose, no país; o primeiro, na verdade, afirma que quem trouxera a hipnose à Corte brasileira foi o médico Érico Coelho, apresentando à Academia Imperial de Medicina, em 1887, estudos sobre a cura do beribéri. Essa foi a primeira vez a se demonstrar o uso da hipnose como ato médico, obtendo aprovação da Academia. A classe médica e os intelectuais se interessaram pela hipnose, porém, houve polêmica com a Igreja Católica, a qual injuriou o médico Érico Coelho, através de uma publicação em um jornal católico, embora outro periódico da época tenha divulgado um artigo em sua defesa.[i]
Atualmente, a hipnose é praticada no Brasil e regulamentada por pareceres específicos dos Conselhos Federais de Odontologia, Medicina e Psicologia:

Art. 1º – O uso da Hipnose inclui-se como recurso auxiliar de trabalho do psicólogo, quando se fizer necessário, dentro dos padrões éticos, garantidos a segurança e o bem-estar da pessoa atendida;
Art. 2º – O psicólogo poderá recorrer a Hipnose, dentro do seu campo de atuação, desde que possa comprovar capacitação adequada, de acordo com o disposto na alínea “a” do artigo 1º do Código de Ética Profissional do Psicólogo.
Art. 3º – É vedado ao psicólogo a utilização da Hipnose como instrumento de mera demonstração fútil ou de caráter sensacionalista ou que crie situações constrangedoras às pessoas que estão se submetendo ao processo hipnótico.
Art. 4° – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Registra-se, todavia, que não existe no Brasil a regulamentação da profissão de hipnotista nem de hipnoterapeuta, tornando assim a hipnose uma prática livre, tal como acontecia nos tempos de Sigmund Freud. Talvez por isso a prática da hipnose tornou-se cada vez mais pública e popular.
Não existe nenhum impedimento legal para a prática da hipnose, no processo do coaching.

CONCEITO DE HIPNOSE
A hipnose é um dos fenômenos mais simples e profundos da mente humana. A indução da hipnose depende fundamentalmente da confiança que o hipnotizando deposita no hipnotizador. A hipnose, portanto, é precedida pelo estabelecimento de uma relação harmoniosa entre o hipnotizador e o paciente, quando este último deve demonstrar confiança e estar disposto a cooperar, durante todo o processo hipnótico. Geralmente, o hipnotizador prende a atenção do paciente, enquanto murmura sugestões monótonas e repetitivas (WEISMANN, 1958).
A hipnose, um fenômeno de gradações, o qual varia de transes leves a profundos, caracterizado por um alto grau de sugestionabilidade, constitui-se num estado alterado de consciência, completamente diferente dos estados de vigília ou sono, durante o qual a atenção retirada do mundo externo se concentra em experiências mentais, sensoriais e fisiológicas.
A hipnose é um processo pelo qual a atenção do sujeito é focada num ponto visual, auditivo ou tátil. A hipnose resulta, antes de mais nada, de um estado de intensa concentração. Isso explica as façanhas de que é capaz o indivíduo hipnotizado, quer na dramatização das situações sugeridas, quer nas modificações psicossomáticas que se produzem passageiramente, na estrutura de sua personalidade. Nesse estado de superconcentração, diluem-se, ao menos em parte, as fronteiras da personalidade consciente. A consciência se expande e as divisas do Ego se apagam. Daí os pensamentos e os sentimentos sugeridos pelo hipnotizador se afigurarem ao sujeito como se fossem seus próprios pensamentos e sentimentos, a ponto de não poder discriminar o material autopsíquico do heteropsíquico. Sendo a atenção desviada ou superconcentrada, um fenômeno psicológico corrente ocorre com todas suas concomitantes psicossomáticas correspondentes, também fora das sessões de hipnotismo, notadamente na paixão amorosa e no susto. (WEISMANN, 1958, p. 72-73).

O sujeito hipnotizado parece seguir instruções, de forma automática e acrítica. Durante a hipnose, sua percepção do mundo real é balizada pelas sugestões do hipnotizador, as quais são literalmente seguidas, mesmo que estejam em total desacordo com os estímulos que lhes são impingidos. Nesse sentido, o fenômeno tem sido descrito como um estado de “quase-sonho”, sugerindo um funcionamento mental regredido por parte do sujeito hipnotizado:
Hipnose é um estado artificialmente induzido, as vezes semelhante ao sono, porém sempre fisiologicamente distinto do mesmo, tendente a aguçar a sugestibilidade, acarretando modificações sensoriais e motoras, além de alterações de memória. (WEISMANN, 1958, p. 47).

Os mitos televisivos e cinematográficos os quais afirmam que o sujeito perde o controle da sua vontade e pode, inclusive, realizar atos contra a sua ética e sua moral não se sustentam, no transe hipnótico.  Ao longo do transe hipnótico, o sujeito mantém o controle sobre a sua integridade física e psíquica, e especialmente sobre a sua vontade. Portanto, ele só fará aquilo que desejar fazer e só irá, no transe hipnótico, até onde deseja ir. (ADLER, 2010).
 
PSICONEUROFISIOLOGIA DA HIPNOSE
Na obra Neurofisiologia da Meditação, Marcelo Árias Dias Danucalov e Roberto Serafin Simões (2006) fazem uma descrição minuciosa das áreas do cérebro que correspondem à experiência meditativa, que são as mesmas envolvidas na oração e no transe.
A hipnose produz um estado de relaxamento profundo. Em consequência, algumas alterações psiconeurofisiológicas podem ocorrer no sujeito. Dentre as mudanças fisiológicas que se produzem como resultado do transe, destaca-se uma queda na pressão arterial, com uma baixa na pulsação. Estudos comparativos com os sinais corporais de pessoas hipnotizadas com os de pessoas não hipnotizadas, em sua maioria, apontam para  mudanças físicas significativas, as quais podem estar relacionadas com o estado de transe hipnótico:  as batidas do coração e a respiração diminuem seus ritmos, mas isto é devido ao relaxamento envolvido no processo, não à hipnose propriamente dita.
Entretanto, parece haver mudanças reais na atividade do cérebro. A mais notável destas vem da observação de eletroencefalogramas (EEG), medidas da atividade elétrica cerebral. As pesquisas em EEG demonstram que o cérebro produz diferentes ondas cerebrais (ritmos de voltagem elétrica dependentes do estado mental). Sono profundo tem leituras diferentes do estado de sono, que é diferente do estado acordado, que é diferente do estado relaxado. A literatura analisada apresenta indícios significativos sobre os mecanismos psiconeurofisiológicos da hipnose, estudadas por métodos de imageamento cerebral.
Embora o sistema límbico reticular esteja envolvido no estado hipnótico, os dados revelam que o estado hipnótico difere do sono e do estado de vigília, porém,  o sistema límbico modula mudanças nas esferas muscular, sensitiva, sensorial, cognitiva e afetiva, durante a hipnose.  Ressalta-se, ainda, que as áreas cerebrais ativadas nas alucinações visuais e auditivas são semelhantes às áreas cerebrais ativadas em situações reais, diferentemente das áreas cerebrais ativadas durante o processo de imaginação. Assim, os estudos neurofisiológicos evidenciam que a hipnose tem efeitos mensuráveis e específicos sobre áreas cerebrais e sistemas orgânicos (DACUCALOV; SIMÕES, 2006).
Os dados afirmam que o estado hipnótico difere do sono e do estado de vigília e que o sistema límbico está diretamente relacionado às mudanças nas esferas muscular, sensitiva, sensorial, cognitiva e afetiva que ocorrem durante a hipnose. Ressalta-se, ainda, que as áreas cerebrais ativadas durante alucinações visuais e auditivas são semelhantes às áreas cerebrais ativadas em situações reais, diferentemente das áreas cerebrais ativadas durante o processo de imaginação.[v]
Ao iniciar-se o transe, costuma haver uma vasoconstrição e a esta se segue uma vasodilatação, que se vai prorrogando até o momento de acordar. Equivale a dizer que, no começo, a pressão arterial pode subir um pouco, mas, à medida que o transe se aprofunda, tende a cair. Observamos concomitantemente uma mudança na temperatura periférica. Aumento de calor na superfície e frio nas extremidades. A pessoa bem hipnotizada caracteriza-se quase sempre pelas extremidades frias (as mãos geladas), conservando-as geralmente assim, durante todo o transe.
A riqueza de alterações no EEG observadas ao longo de uma sessão de hipnose humana é apreciável. Desde o fechar dos olhos, para um relaxamento físico progressivo, até as respostas a sugestões verbais e o retorno ao estado basal, o EEG mostra importantes variações de uma fase para outra e aponta respostas distintas entre indivíduos de alta, moderada e baixa SH. A SH envolve uma dinâmica cortical que inclui a capacidade modulatória espontânea de circuitos neuronais amplamente distribuídos por toda superfície cerebral. Cada área dessa distribuição contém circuitos e redes neuronais vinculados por uma dinâmica particular que define uma característica funcional específica e faz parte do conjunto de características que compõem o perfil fenomenológico do estado de hipnose.[…] Vários estudos têm evidenciado mecanismos neurofisiológicos, tais como alterações em estruturas de relações neuronais causadas pela hipnose, que podem ser avaliados para reforçar a visão da hipnose não só como um eficiente recurso para procedimentos médicos e odontológicos, funcionando como auxiliar na analgesia e sedação, mas também como excelente ferramenta psicoterapêutica.[vi]
Numa linguagem bem simples, o transe é um estado de atenção focado num determinado som, objeto, imagem etc. Nesse estado, a mente aumenta sua condição de relaxamento e trabalho com mais eficiência, posto que economiza energia. O estado de transe reequilibra o sistema nervoso central, daí o alivio produzido após um relaxamento ou após a hipnose. “Na hipnose, há uma irradiação da excitação inicial, a qual se difunde pelo córtex e, depois retorna ao ponto de partida, concentrando-se nesse ponto.” (GONZAGA, 1958, p. 51).
No estado de sono natural ou fisiológico, existe a perda da consciência. Nesse caso, o inconsciente assume o controle. No sono hipnótico, o sujeito continua consciente, num estado especial de consciência. A consciência, na hipnose, pode desaparecer em estados sonambúlicos profundos (GONZAGA, 1958).
           
CONCLUSÃO

A hipnose e sua prática estão de volta à ordem do dia, mais de cem anos depois de voltar a ser praticada por Sigmund Freud. A hipnose novamente ganha espaço na prática médica, odontológica, psicológica e, agora, tornou-se pública e popular, com a prática do coaching. Como sempre, velhas perguntas voltam à baila, com novos problemas: a hipnose cumpre aquilo que promete, em termos de soluções rápidas e fáceis, para complexos problemas humanos? A hipnose pode ser praticada indiscriminadamente por pessoas que não conhecem o funcionamento da mente humana e nem mesmo reconhecem as implicações de sequelas deixadas por transtornos mentais e psicológicos, sejam estes transtornos endógenos ou exógenos? Diversos livros e artigos têm sido escritos sobre hipnose, no contexto da prática clínica atual, para responder a essas e a outras perguntas.
O que talvez a hipnose traga de mais interessante nesse sentido, é que ela faz uma relação direta entre seu contexto de geração e seus produtos ao conceber que toda teoria hipnótica é hipnogênica, ou seja, ela gera aquilo que ela mesma anuncia (Melchior, 1998; Stengers, 2001). Essa perspectiva cria efetivamente um grave problema para a psicologia clínica particularmente pelas barreiras epistemológicas que parece romper, a começar por situar a reflexividade como um processo obrigatório, um processo que se coloque questões sobre seu contexto de surgimento e sobre as retroações que existem entre os diferentes sujeitos que dele participam. Entretanto, a hipnose parece levar a pensar um pouco além, tocando de modo inevitável em duas questões cruciais. Se, em sua prática, as ações humanas geram aquilo que anunciam torna-se obrigatória a reflexão sobre os pressupostos, valores e concepções implícitos nessa geração, como também sobre as consequências pragmáticas de seus resultados. Trata-se aqui de um problema de responsabilidade ética não só com os sujeitos, mas com o próprio conhecimento que é criador de realidades ou que, ao menos, participa ativamente nessa criação. (NUBERA, 2006).






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