Elementos históricos  Psicologia Comunitária:

Dr. Antonio Maspoli

1.Introdução

A motivação para a realização deste trabalho emergiu das inquietações do autor quanto à necessidade de encontrar respaldo teórico em Psicologia Social que contribuísse para o aprimoramento da práxis do psicólogo na Comunidade. Posto que o diálogo entre a Teoria e Práxis, em Psicologia Comunitária, ocorre de forma dinâmica em face da demanda da comunidade, o que tem levado muitas práticas a um ativismo questionável, sem o embasamento teórico necessário para a ação empreendida em nome de Psicologia.

O primeiro contato do autor com a psicologia na comunidade ocorreu em 1978, quando, como estudante, participou de um projeto voltado para a educação de adolescentes desenvolvido pela Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal de Campinas na favela de São Marcos, em Campinas, São Paulo. Posteriormente, este diálogo com a práxis da psicologia na comunidade foi enriquecido participação em dois projetos comunitários no Rio de Janeiro. Neste momento o autor teve a oportunidade de coordenar a implementação de um clube de lazer para a terceira idade, em 1992, e, neste mesmo ano, coordenou também a implantação da Clínica de Psicologia da Faculdade de Psicologia do Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação. Convém registrar que o autor permaneceu à frente do Serviço de Psicologia Aplicada do referido Instituto até janeiro de 1995.

Trabalhando com Psicologia na Comunidade, o autor necessitou de respaldo teórico e, por isso, resolveu voltar-se para a Psicologia Social em busca de subsídios. No entanto, a Psicologia Social apenas ampliou as suas inquietações, levando-o à realização deste trabalho, a fim de preencher lacunas, aprofundar algumas questões teóricas e práticas sobre a Psicologia Comunitária e levantar alguns problemas que possam ser heurísticos na realização de pesquisas posteriores sobre este tema.

A Associação Psicológica Americana criou a Divisão 27, ou Divisão de Psicologia na Comunidade, em 1966. Em 1992, a Psicologia Comunitária foi classificada pelo Conselho Federal de Psicologia como uma prática convencional da Psicologia no Brasil (Witter, 1992). A relevância deste tema hoje é tão considerável que “alguns psicólogos sociais consideram que a Psicologia Comunitária é a prática da Psicologia Social no Brasil” (Bonfim, 1992, p.13).

O resultado desta relevância é a publicação, nos últimos dez anos, de mais de uma centena de títulos em língua portuguesa sobre este tema, alguns focalizando questões teóricas sobre a psicologia na comunidade e outros relatando experiências sobre a atuação do psicólogo nesta área.

Estes conhecimentos vêm sendo cada vez mais utilizados por profissionais de psicologia preocupados em utilizá-los em benefício da comunidade. Estes profissionais vêm buscando instrumentalizar teorias e técnicas psicológicas para atender à demanda comunitária por uma melhor qualidade de vida.

Esta atuação, no mais das vezes, carece de uma fundamentação teórica em Psicologia Social, perdendo-se, noutras, num ativismo que serve apenas para a produção de textos sem muita consistência e pulverização dos parcos recursos comunitários, tendo como produto final a massificação do saber psicológico sem a necessária contextualização deste saber.

Esta pesquisa de levantamento consiste, pois numa análise dos estudos teóricos relacionados à Psicologia Comunitária, bem como de um mapeamento das atividades dos psicólogos que atuam em Organizações Não Governamentais, no Município do Rio de Janeiro a fim de realizar um levantamento das teorias e técnicas psicológicas utilizadas nestas atividades.

A psicologia Comunitária surge num contexto mais amplo de desenvolvimento e transformação da própria Psicologia Social, envolvendo a descoberta de novas abordagens relativas aos problemas sociais e do comportamento humano, a partir dos grandes eventos que sacudiram o mundo histórico e científico na primeira metade deste século. O surgimento da Psicologia Comunitária foi tão relevante que chegou a ser considerado como a terceira revolução psiquiátrica, comparável à primeira revolução em saúde mental, levada a efeito por Pinel, no século XVIII, e à segunda revolução psiquiátrica, empreendida por Freud e seus seguidores, no século XIX (Hobbs, 1964).

A literatura psicológica aponta três fatores responsáveis pelo surgimento da Psicologia Comunitária: a mudança de ênfase na psicologia, o movimento em prol da saúde mental nos Estados Unidos e, finalmente, a crise de relevância da psicologia social.

    1. A Mudança de Ênfase nas Teorias Psicológicas

A psicologia surge no século XIX, calcada na tradição científica do positivismo e, a partir daí, desenvolve suas teorias considerando o indivíduo isoladamente como produto de si mesmo. No início deste século, porém, surgem algumas idéias que irão modificar a ênfase dos estudos psicológicos, levando a psicologia a voltar-se para o estudo do sujeito e da sua construção no processo de interação social.

Wundt (1916, apud Farr, 1981, p. 251) foi o primeiro a procurar fora do indivíduo explicações para o desenvolvimento dos processos mentais. Em sua Völkerspsychologie (1920), ele afirma que os processos mentais mais elevados deveriam ser estudados através do método histórico, por meio dos produtos sociais, especialmente a linguagem, a arte, a religião e a cultura, de um modo geral. Sua tese central, nesta sua psicologia dos povos, é que somente mediante o estudo dos produtos sociais é possível descobrir a natureza dos processos psíquicos por meio dos quais estes produtos se formaram. A cultura é um produto coletivo da mente humana e a “linguagem é a chave da psicologia social” (Farr, 1981, p. 252).

Outra influência significativa para a mudança de ênfase em psicologia foi àquela exercida por Mead (1972). Este filósofo e psicólogo social formulou a teoria do interacionismo social, a fim de explicar a construção social do eu. Os elementos fundamentais da sua teoria são o eu, a sociedade e a relação eu/sociedade.

O eu é formado por duas instâncias. O eu propriamente dito, que é uma resposta do indivíduo às atitudes dos outros ou a internalização destas atitudes pelo sujeito nos papéis sociais e o mim, que é o complexo formado pelas atitudes generalizadas da comunidade, o grupo, o processo social, a sociedade. Complexo este formado pela linguagem, pelas artes e por outras manifestações culturais do grupo.

A sociedade é a comunidade, o “outro organizado”, responsável pela unificação do eu numa totalidade por meio de interação social. Neste processo de organização a linguagem é utilizada como mediadora entre o indivíduo e a sociedade, aquilo que os psicólogos chamam de mente é o produto social deste processo de interação, é uma realidade virtual produto da cultura.

Para Mead (1972), uma pessoa é uma personalidade porque pertence a uma comunidade e absorve as instituições desta comunidade como suas e se utiliza da linguagem como uma mediadora entre o eu e esta comunidade. Holland (1979) comenta a teoria do eu social de Mead, procurando defini-la em relação à linguagem e à cultura. Diz ele:

O trabalho de Mead contém contradições fascinantes. Ele escreve como um Behaviorista, traçando o desenvolvimento dos seres sociais humanos a partir dos seus antecedentes no comportamento animal, e ainda trabalha no sentido de montar um modelo da pessoa usuária da língua, engajada em interações simbólicas – um eu que passa a existir através do processo da linguagem”. (p.22)

O pensamento de Mead representou uma reação aos postulados da psicanálise sobre a subjetividade dos processos mentais e sobre os conteúdos puramente intrapsiquícos do eu porque coloca estes processos no âmbito dos processos sociais objetivos.

Pela vertente psiquiátrica, Sullivan (1953, apud Millon, 1973) e Laing (1965) procuraram desenvolver teorias para explicar as causas das doenças mentais nas relações interpessoais do indivíduo, e não apenas em sua vida intrapsíquica. A concepção destes autores é que o indivíduo adoece no contexto das relações interpessoais.

Sullivan (1953, apud Millon, 1973), embora reafirmasse a importância da hereditariedade na formação do organismo humano, acreditava, porém, que o indivíduo é fruto das interações sociais. Para ele, as experiências interpessoais são capazes de alterar o funcionamento mental. A interação social transforma o homem, uma entidade biológica, em um organismo social. Esta concepção social do homem coloca uma ponte entre a Psiquiatria Social e a Psicologia Social.

Bender (1978) afirma que a influência da Psicologia Interpessoal, de Sullivan, foi determinante para o surgimento da Psicologia Comunitária na Inglaterra, pois sua abordagem psicoterápica incluía a família do paciente no atendimento como um dos fatores etiogênicos da sua enfermidade mental. A inclusão da família no tratamento do paciente trouxe com este o grupo e sua cultura.

Posteriormente, na França, Moscovici (1973) desenvolve uma pesquisa sobre a representação social da psicanálise, isto é, a psicanálise tal como a sociedade a representa, e desenvolve a partir deste trabalho, a Teoria das Representações Sociais. As Representações Sociais podem ser definidas como:

Entidades quase tangíveis. Elas circulam-se e cristalizam-se incessantemente através de uma fala, um gesto, um encontro, em nosso universo cotidiano. A maioria das relações sociais estabelecidas, os objetos produzidos ou consumidos, as comunicações trocadas, delas estão impregnadas. Sabendo que as representações Sociais correspondem, por um lado, à substância simbólica que entra na elaboração e, por outro, a pratica que produz a dita substância, tal como a ciência ou os mitos correspondem a uma prática a mítica”. (Moscovici, 1973, p.41)

As representações sociais seriam imagens mentais que fazem a mediação entre o indivíduo e o grupo, entre o individual e o coletivo, entre o indivíduo e a cultura. Seria uma modalidade de conhecimento que tem por função a elaboração das várias formas de manifestações culturais na comunicação entre os indivíduos.

A mudança de ênfase nas teorias psicológicas da psicologia do indivíduo para a psicologia das relações interpessoais culminou na Psicologia Social, a evolução de paradigma desta psicologia que evolui do Behaviorismo para o modelo Cognitivista (Duck, 1980). A Psicologia Social continua uma psicologia do indivíduo, mas incluindo neste a idéia de representação social e de relações interpessoais. O indivíduo passa a ser estudado no contexto das suas interações:

Como uma pessoa sente e pensa a respeito de outra, como a percebe e o que faz para ela, o que espera que ela faça ou pense, como reage a ações da outra”. (Heider 1958, p.11)

Heider (1958) enfatiza que seus estudos se referem à percepção de um determinado indivíduo em relação à presença do outro. Neste sentido, estuda apenas a díade. No entanto, com esta sua colocação já estava posto o machado na raiz da árvore. A psicologia social, até então prisioneira do indivíduo isoladamente considerado, busca refúgio numa psicologia do sujeito socialmente construído e interacionalmente representado. Esta mudança de direção é tão profunda que alguns psicólogos gostariam até de mudar o nome da Psicologia Social para Psicologia das Relações Interpessoais.

1.2. O Movimento em Prol da Saúde Mental nos Estados Unidos

O movimento de saúde mental comunitário americano tem suas raízes num outro movimento mais antigo, que é o movimento em prol da higiene mental. Historicamente falando, pode se disser que a higiene mental nasceu com a publicação da obra “A Mind That Found Itself”, (Beers, 1920). O autor deste livro conseguiu mobilizar a opinião pública dos Estados Unidos e dos principais países da Europa Ocidental para os problemas causados pela política de saúde mental vigente baseada nos princípios de confinamento e exclusão dos doentes mentais. Nesta obra, Beers relata as suas experiências pessoais, durante o período em que esteve internado num hospital psiquiátrico, após ter sofrido uma grave crise mental. Nela, descreve os principais erros cometidos pelo tratamento dispensado aos doentes mentais. Após a sua saída do hospital, empenhou-se na fundação da Liga de Higiene Mental, e, em 1909, nasce a Associação Nacional de Higiene Mental Americana. Em 1920, foi fundada a Liga Francesa; em 1921, a Belga; e, em 1922, a Liga Inglesa, seguida da Liga Alemã (Carrol, 1972).

O movimento em prol da higiene mental marca o início do esforço da comunidade de promover a saúde mental e demonstra a importância desta na prevenção e no tratamento do doente mental, questionando o modelo tradicional de tratamento psiquiátrico de confinamento do paciente.

Muitos psicólogos foram atraídos por este movimento e a partir de 1950 a Psicologia Comunitária surge como eficiente instrumento de trabalho em saúde mental, promovendo uma reavaliação das funções tradicionais do psicólogo e questionando a sua psicologia frente à demanda comunitária (Gallindo, 1981).

A participação dos psicólogos nos programas de ação comunitária em prol da saúde mental nos Estados Unidos teve início com a convocação do governo americano, logo após a II Guerra Mundial. Estes profissionais foram engajados no tratamento dos soldados que voltavam da guerra neurótica pelo batismo de fogo no campo de batalha. Esta participação ampliou-se na década de cinqüenta e naquela época estava vinculada, quase que em sua totalidade ao âmbito da psicologia escolar.

A inserção da psicologia nos programas governamentais americanos de saúde mental comunitária cresceu mais de 500%, entre 1950 e 1960. O número de profissionais em atividade nesta área passou de 520 para 2.724. Este crescimento levou os profissionais da Psicologia Escolar a uma reavaliação de sua práxis, incluindo nesta a família e a comunidade como causadores do comportamento humano e buscando respaldo teórico para suas afirmações nas ciências sociais, especialmente na sociologia (Hathaway, 1966 p.168).

Na década de 1960, Nunez (1966) constata a presença de inúmeros psicólogos trabalhando em programas específicos de saúde mental no Estado de Minnesota, que contava com um Departamento de Psicologia Clínica voltado para o atendimento da comunidade. Os psicólogos deste departamento prestavam os seguintes serviços psicológicos: psicologia clínica, orientação vocacional, psicologia preventiva e orientação voltada para a melhoria da qualidade de vida da comunidade. Nunez, (1966), afirma que “esta classe de serviço era realizada fora do hospital ou clínica psiquiátrica”. (p. 172).

A crescente e promissora atuação de psicólogos em programas de saúde mental comunitária e a falta de mais profissionais que atendessem à demanda levou os “National Institutes of Mental Health” à criação de cursos de especialização em Psicologia Comunitária.

A primeira Conferência de Psicologia Comunitária, em Austin, Texas, em 1965, e à criação, em 1967, da Divisão de Psicologia Comunitária da Associação Americana de Psicologia (Rodrigues, 1983).

1.3. A Crise de Relevância na Psicologia Social

Denomina-se crise de relevância na psicologia social ao movimento surgido dentro da própria Psicologia Social, nos Estados Unidos. Este movimento rapidamente encontrou eco na Europa e especialmente na América Latina, levando os psicólogos sociais destes dois continentes a uma atitude de contestação e de independência em relação à Psicologia Social norte-americana. A crise de relevância culminou com a busca de alternativas teóricas e metodológicas, na década de setenta.

As principais críticas suscitadas pela crise de relevância foram desferidas contra o modelo teórico da Psicologia Social baseado na formulação de micro teorias nem sempre suficientes para incluir outros dados da realidade do fenômeno que se propõe a explicar e contra o método empregado pelos psicólogos sociais. Método este baseado no positivismo e por isso, considerado insuficiente para representar todos os dados do fenômeno psicossocial. Criticavam ainda a falta de aplicações práticas dos resultados das pesquisas realizadas em situações sociais concretas.

Em outras palavras, a contestação era de que os problemas sociais tratados talvez não tivessem relevância no seio de uma sociedade que permanecia desatendida em todas as suas dificuldades, no convívio e nas relações interpessoais. Questionaram o objetivo das investigações, que consideravam pouco sociológico para uma psicologia dita social; rejeitaram a metodologia experimental como artificial; acusaram as teorias de mal articuladas; objetaram que os estudos permanecem encerrados nos laboratórios, perdendo de vista justamente o aspecto social das interações experimentais”. (Vasconcellos, 1993, p.22)

Os críticos da Psicologia Social (Heider, 1970; Marin, 1980; Duck, 1981; Rios, 1985; Gergen, 1973; Farr, 1981) consideravam a ênfase na experimentação e na quantificação insuficientes para apreender todos os aspectos relacionados com os sujeitos dos experimentos e questionavam o reducionismo do modelo behaviorista de caráter positivista americano. Questionavam ainda a ênfase da Psicologia sobre as questões de natureza individual nas pesquisas, em detrimento dos aspectos sociais e históricos relacionados ao sujeito.

A principal característica dos psicólogos sociais que desencadearam a crise de relevância consiste na preocupação com a aplicação prática dos achados da psicologia na melhoria da qualidade de vida das comunidades:

Favorecem aplicações práticas e consideram a psicologia social como o setor da psicologia ao qual cabe resolver os problemas sociais; daí enfatizarem a necessidade de uma psicologia social comunitária, ou seja, uma psicologia social que seja inserida nas comunidades e que tenha por objetivo promover o desenvolvimento de seus integrantes”. (Rodrigues, 1987, p.9)

Os resultados da crise de relevância foram positivos e estão diretamente relacionados ao surgimento da Psicologia Comunitária.

Nos Estados Unidos, a American Psychological Association volta-se para problemas relacionados com a prevenção e saúde mental comunitária e, em 1973, surge em Bogotá, Colômbia, a Associação Latino-Americana de Psicologia Social, que se tornará um importante fórum de produção científica. Este fórum é voltado para os problemas da Psicologia Social e com a aplicação dos resultados desta na melhoria das condições de vida na América Latina. (Rodrigues, 1987).

A Psicologia Comunitária surge como uma reação dos psicólogos sociais americanos, europeus e latino-americanos à Psicologia Social inspirada no modelo tradicional de se fazer ciência. Este seu caráter revolucionário haverá de marcar o curso do seu desenvolvimento, inclusive levando alguns psicólogos sociais a identificarem a psicologia social com a militância política, negando totalmente o seu caráter de cientificidade (Freitas, 1986).

No tocante à Psicologia Comunitária no Brasil, mesmo os psicólogos sociais brasileiros voltados para a Psicologia Social Básica de cunho eminentemente teórico já demonstravam preocupações com as aplicações da Psicologia Social na década de 1970:

Concluyendo, proponemos que los esfuerzos para el desarrollo de la Psicologia Social em Brasil:

  1. sean orientados para la formación de teorias de inspiración própias – que la tornaram, automaticamente, socialmente relevantes y que

  2. los modelos teóricos corrientes tomen en cuenta el dinamismo y la naturaleza bidirecional de la interación social”. (Ziviani, 1978, p. 21)

A Sociedade Interamericana de Psicologia (SIP) criou, em 1979, um Grupo de Trabalho em Psicologia Comunitária. Este grupo promoveu dois grandes seminários importantes sobre este tema, um em Havana, em 1980, e outro no Rio de Janeiro, em 1983. Em 1979 também foi criada, em São Paulo, a Associação Brasileira de Psicologia Social, voltada para a aplicação da Psicologia Social na “ação transformadora da comunidade brasileira” (Nascimento, 1990, p.2).

A Psicologia Comunitária no Brasil segue três grandes modelos de atuação: o modelo de ação comunitária americano, voltado para a higiene mental, enfatizando os aspectos de prevenção em saúde mental, por ações da própria comunidade, e o movimento de ação comunitária latino-americano, que tem duas grandes vertentes – a psicologia do desenvolvimento comunitário e a ação comunitária (Rodrigues, 1981; Bonfim, 1990).

ConSIdERAÇÕES FINAIS

A revisão da literatura desvelou três ramificações da Psicologia Social que dão suporte a Psicologia Comunitária no Brasil: o movimento em prol da saúde mental, a psicologia comunitária do desenvolvimento, ligada a psicologia social cognitiva e a psicologia de ação comunitária ligada ao materialismo dialético. A existência destas três correntes, por si só, são suficientes para demonstrar certa indefinição conceitual sobre o que se convencionou denominar Psicologia Comunitária. Esta Psicologia pode significar algo para um psicólogo que se dedica à saúde mental e logo vem significar outra coisa para outro psicólogo que se dedica a pesquisa e muda de sentido ainda para outro que trabalha com prostitutas e homossexuais. Respeitando esta dificuldade de definição podemos afirmar que a Psicologia Comunitária é a práxis da Psicologia na comunidade. Entendendo a comunidade como o lugar onde os indivíduos interagem, por um espaço de tempo definido pela sua duração e num espaço geográfico comum. Além das dificuldades de conceituação podem-se apontar ainda as seguintes fragilidades teóricas e metodológicas:

  1. Fragilidade Teórica – A Psicologia Comunitária é um saber em construção que vem sendo edificado mais pela ação do contato direto da Psicologia com a Comunidade do que pela elaboração de teorias apropriadas em Psicologia Social. Esta constatação facilita compreender porque quase todas as teorias existentes em psicologia foram citadas pelos sujeitos desta pesquisa embora a maioria das teorias referidas por estes, estejam relacionadas à Psicologia Social e suas ramificações na Psicologia Comunitária. Este pragmatismo impede o desenvolvimento de construções teóricas coerentes e impossibilita até mesmo uma preocupação maior com a congruência entre as teorias utilizadas no mapeamento da realidade e a metodologia instrumentalizada no atendimento da demanda comunitária.

b) Fragilidade Metodológica – Esta fragilidade teórica se reflete na metodologia instrumentalizada pelos sujeitos para atender a demanda da comunidade. Neste item quase todas as técnicas conhecidas em psicologia foram referenciadas. Parece que o importante é fazer uma psicologia que atenda a demanda comunitária sem uma preocupação mais consistente sobre o aspecto relevante da relação que deve existir entre a teoria e técnica psicológica.

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