Antonio Maspoli

DEPRESSÃO NAS CRISES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO

Introdução

A depressão é uma doença solidária; ela acomete todas as pessoas, independentemente de etnia, idade, sexo, classe social, crença, profissão. Todo ser humano pode ficar deprimido. O número de deprimidos na Ásia, na Europa, nas Américas, na África, e, mesmo, no continente Australiano, é proporcionalmente semelhante, com algumas variações devidas, sobretudo, às crenças e ao clima. A depressão acomete mais protestantes do que católicos (JUNG, 1980), contudo não despreza judeus, gregos, gentios e troianos. Apesar de o número de mulheres deprimidas ser um pouco superior ao dos homens, ambos igualmente padecem desse mal. A depressão pode se manifestar ao longo da vida do indivíduo.  A entrada e saída das várias fases de desenvolvimento da vida humana podem ser marcadas por episódios de melancolia. As depressões que precedem as crises do desenvolvimento humano são consideradas normais e às vezes são até positivas, pois preparam o sujeito para se adaptar à nova fase da vida que está nascendo. Algumas dessas crises, todavia, dependendo da duração e intensidade, carecem de acompanhamento médico e psicológico.

 DEPRESSÃO NA INFÂNCIA

Existem crianças deprimidas. Na infância, a depressão é de mais difícil diagnóstico. Nas crianças, a depressão pode manifestar-se por meio da enurese noturna [urinar na cama] ou mesmo pela obesidade, hiperatividade e, às vezes, apatia. Cabe lembrar que a apatia é imprópria para a idade infantil. Até os mais novos podem sofrer desse mal obscuro, sendo o diagnóstico, em tais casos, muito complexo, porque as formas como a doença se manifesta variam com a idade, e dificilmente as crianças conseguem exprimir os seus sentimentos por meio de palavras. Por isso, muitas vezes, é necessário compreender a situação por analogias e suposições (GRUNSPUN, 1966, p. 347-351).

Atualmente, temos uma atitude preocupante em relação ao comportamento infantil. Especialmente, em relação ao comportamento natural de uma criança que precisa de espaço para se movimentar e vive confinada aos limites de um apartamento. Este pesquisador ouviu recentemente de uma funcionária iluminada de uma creche a sábia observação: as crianças aqui são tratadas como soldadinhos de chumbo. Todos seguem uma ordem do dia: tem hora pra brincar, tem hora para assistir TV, tem hora para dormir, tem hora para comer, tem hora para tomar banho, tem hora para tudo. As crianças são conduzidas em fila indiana para cada atividade. Elas são tratadas como um soldado mesmo. Aquele que reage a isso é considerado hiperativo. Então é encaminhado à psicopedagoga, que o encaminha ao psiquiatra ou neurologista. O médico dá Ritalina para a criança tomar. Aí a criança fica fica normalzinha, normalzinha,  mas sem ânimo nenhum nem para brincar!

As crianças não dizem sinto-me mal, e não falam da sua infelicidade. Elas exprimem o seu mal-estar com a linguagem do corpo [a que conhecem melhor], com birras, protestos, choro, abatimento, tristeza, desespero mudo, ou retraimento em si próprio, recusa em se comunicar com os outros, apatia, anorexia, diminuição do rendimento escolar etc. Até os quatro anos de idade, é normal a criança manifestar o mesmo comportamento da família por mimetismo. Assim, quando a família está agitada, a criança fica agitada, quando a família chora, a criança chora, quando a família fica deprimida, a criança fica deprimida etc (JUNG, 1972).

Ao contrário do que muitos pensam criança também sofre de depressão. A depressão que sempre pareceu um mal exclusivo dos adultos, hoje em dia afeta cerca de 2% das crianças e 5% dos adolescentes do mundo. Diagnosticar depressão é mais difícil nas crianças, pois os sintomas podem ser confundidos com mal criação, pirraça ou birra, mau humor, tristeza e agressividade. O que diferencia a depressão das tristezas do dia-a-dia é a intensidade, a persistência e as mudanças em hábitos normais das atividades da criança. Costuma manifestar-se a partir de uma situação traumática, tais como: separação dos pais, mudança de colégio, morte de uma pessoa querida ou animal de estimação. [1]

DEPRESSÃO NA PUBERDADE E ADOLESCÊNCIA

 Na sociedade contemporânea ocidental, a adolescência é definida e formada por um complexo jogo de forças biológicas, culturais, econômicas e históricas. Esse estado, ao mesmo tempo transitório e demorado que pode chegar a durar uma década ou mais, é um estado diferenciado no qual o jovem não é adulto inteiramente nem criança, mas, compartilha desafios, privilégios e expectativas de ambas as épocas e vive nos dois extremos da faixa etária.  Já adulto para algumas atitudes e ainda é criança para outras. A adolescência é um período de paradoxos em que encontramos maturidade física e sexual, sem ter alcançado ainda a maturidade emocional e cognitiva. Alguns jovens não conseguem atravessar esse período com a devida saúde mental. Nesses casos, é preciso intervir para que o jovem possa retornar seu desenvolvimento e seguir adiante.

Na adolescência ocorrem as primeiras mudanças ligadas ao crescimento dos sinais sexuais externos, que fazem as diferenças entre os sexos. A entrada da glândula pineal em funcionamento põe em ação no organismo um jogo complexo entre o desenvolvimento da personalidade, mudanças biológicas, transformações hormonais e de desenvolvimento. A personalidade se transforma, consequentemente, a dependência dos outros, a autoestima, a capacidade de se impor, a segurança, devaneios profundos, a insatisfação com a imagem do próprio corpo, a incerteza das novas expectativas sociais ligadas à ação dos hormônios sexuais são fatores a serem considerados na avaliação do risco de depressão na adolescência. Ao mesmo tempo, o adolescente desperta para o mundo, a natureza e o sexo. É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Tudo isso pode provocar estados depressivos.

Nos mais jovens, a depressão pode ser acompanhada de uma diminuição do rendimento escolar, perturbações alimentares [anorexia e bulimia] e do sono, bem como a tendência para se fechar em si mesmo, afastamento de relações sociais, manifestação de certa agressividade. O auge da crise pode culminar com a entrega ao consumo de álcool e drogas. O adolescente depara-se com novas situações e várias pressões sociais que favorecem  o desenvolvimento de quadros depressivos em jovens mais sensíveis e sentimentais, levando-os a apresentar sintomas de confusão mental, despersonalização, solidão, rebeldia, descontentamento, angústia etc. A depressão apresenta-se como normal na adolescência. Nessa fase do desenvolvimento, a depressão é luto. Luto pela perda do corpo da infância; luto pela perda dos pais da infância; luto pelas transformações físicas, psicológicas e espirituais que estão em curso; luto pela metamorfose inerente a essa fase da vida. E, finalmente, luto pela perda do mundo fantástico da infância (ABERASTURY; KNOBEL, 1985, p. 73-79). Na adolescência, a depressão manifesta-se geralmente pelo sentimento de profunda angústia. Esta angústia pode produzir a solidão e o isolamento social, prejudicial nessa faixa etária. Por outro lado, nesses casos, a depressão pode representar uma preparação para as mudanças físicas e psicológicas que estão em andamento na personalidade do adolescente.

Durante tempos acreditou-se que os adolescentes, assim como as crianças, não eram afetadas pela Depressão, já que se supunha que esta faixa etária não tinha problemas existenciais, pois, acreditava-se que a Depressão era uma resposta emocional à problemática da vida, sendo assim quem não tinha problemas não tinha Depressão.

Hoje em dia sabe-se que os adolescentes estão tão vulneráveis à Depressão quanto os adultos e ela é um distúrbio que deve ser encarado seriamente em todas as faixas etárias e classes sociais. A Depressão interfere de maneira extremamente significativa na vida, nas relações sociais e no bem-estar geral do adolescente, e podem levar ao suicídio se não for tratada. Todos nós experimentamos sentimentos transitórios de tristeza em alguma fase de nossa sobrevivência. Atualmente confundem-se muito estes sentimentos que se achegam em nossas vidas e desaparecem sem tratamento algum, isto não se trata da depressão.

Depressão é uma doença como tantas outras com sintomas próprios, com duração e importância suficiente para afetar e comprometer a vida de um adolescente em todos os sentidos para se ter uma vida normal. Os deprimidos não devem ser julgados como loucos ou psicopatas. [2]

            Normalmente os adolescentes deprimidos sentem-se cansados, sonolentos, exaustos e tendem a dormir horas a fio. Durante a crise depressiva, o jovem tende a irritar-se com facilidade, isola-se de todos, tem dificuldade de concentração, perde o interesse por tudo, perde o prazer de viver, de realizar atividade que antes eram de seu interesse. A depressão pode também ser mascarada por doenças tais como a anorexia nervosa, a bulimia. Além da adolescência normal, hoje temos o fenômeno da adultescência. Se você tem mais de 30 anos, não se cansa de cultuar o corpo, curte revistas em quadrinhos ou deixa de fazer qualquer coisa para jogar com os amigos e ainda depende, financeiramente, dos seus pais, você pode ser um adultoscente – alguém que mantém a energia e comportamentos típicos da adolescência, independentemente da idade.

O termo adultescência é um termo que vem da década de 90. E ele ainda pode ser definido como uma nova configuração comportamental. A gente vive hoje um momento onde infância, adolescência e vida adulta não, necessariamente, precisam estar fechadas em faixas etárias determinadas. Isso também tem ligação com o fato de a gente viver um momento em que há um achatamento da infância e um alargamento desse período adolescente, explicou o psicólogo e professor universitário Carlos Brito. [3]

O problema da adultescência começa quando esse sujeito não consegue a independência financeira dos pais. Os amigos da sua faixa etária geralmente casam, viajam, resolvem morar sozinhos, mudam-se para outros lugares. O adultescente sente que está ficando para trás. Sente-se solitário, inútil para a sociedade, um patinho feio, aí o terreno está adubado para o nascimento e o florescimento de um quadro depressivo.

DEPRESSÃO DA MEIA IDADE

Entre os trinta e cinco e os quarenta anos para as mulheres, e entre os quarenta e quarenta e cinco anos para os homens, a pessoa geralmente faz um balanço da primeira metade da vida. Nesse momento da vida, o sujeito passa em revista todas as suas escolhas. Ele parte do princípio de que as primeiras escolhas, da primeira metade da sua vida, foram marcadas pelo desejo de terceiros, especialmente da sua família de origem. Então, ele resolve avaliar todas essas escolhas. Avalia sua profissão, seu casamento, sua fé, seus amigos, seus hábitos, suas crenças, seus valores, sua ideologia etc. Se o saldo for positivo, ele continua a sua vida sem maiores problemas. Quando o saldo é negativo, instala-se aquilo que se convencionou denominar de crise da meia idade. Nesse momento, podem surgir quadros depressivos e, até mesmo, uma depressão acentuada (ABREU, 2003).

Na meia idade, a depressão pode se manifestar por hiperatividade, sofrimento psíquico, sentimento de culpa, perda de referência, despersonalização e, às vezes, regressão a um estágio anterior do próprio desenvolvimento, como a própria adolescência. Em todos os casos de depressão na meia idade, essa, também, representa luto. Luto pela perda do corpo da juventude; pela perda do vigor da juventude; luto pela perda dos filhos da juventude; luto devido à perda da mocidade; luto pela perda de valor social e prestígio; pela solidão representada pela terceira idade etc. Nas mulheres, pode se instalar o luto pela consciência da perda das funções reprodutivas que se aproxima com a perspectiva da menopausa e o luto pela perda da beleza da juventude que, às vezes, se avizinha. Nessa fase da vida, geralmente o sujeito faz um balanço das suas escolhas e realizações. Quando o saldo é negativo, muitas vezes esse balanço produz o desespero e a depressão como resultado (ibidem).

           O decurso normal da vida durante a meia-idade poderá gerar situações que fazem despertar sentimentos de tristeza, pesar e depressão. Todos nós já passamos por maus momentos, mas a depressão clínica é algo diferente. Psicologicamente, a depressão pode ser vista como uma reação a uma perda ou alteração específica, tal como o fato de os filhos saírem de casa, ou dever-se a uma experiência ou pressão da vida que vulgarmente produz tristeza, tal como a morte de um familiar, contrariedades profissionais, perdas econômicas e rejeição. Atualmente se fala na Síndrome do Ninho Vazio como causa provável da depressão, especialmente nas mulheres. Não é incomum, algumas mulheres se identificarem com o arquétipo da grande mãe. Essas mulheres se identificam plenamente com o papel de mãe.  Ser mãe é o seu lugar no mundo, para isso nasceram, para isso vivem e para isso estão dispostas até a morrer. Quando os filhos crescem e tornam-se independentes [quando se tornam independentes], parecem não precisar mais da mãe; algumas mulheres entram em desespero e até ficam deprimidas. A dona de casa D, de São Gonçalo [RJ], conta que ficou deprimida durante cinco anos, tempo em que o filho mais velho saiu de casa para estudar. “Ele me fazia companhia durante o dia. Quando ele se mudou para outra cidade, veio a tristeza. Eu sentia um vazio e chorava muito. Saber que ele estava longe e não ia voltar para casa todo fim de semana foi muito difícil”. Quando todos os filhos se vão, esse quadro tende a se acentuar para algumas mulheres criando as condições próprias para a depressão. Somem-se a isso, as mudanças decorrentes da menopausa e temos o terreno propício para o nascimento e crescimento de uma depressão.

           Sujeito K, 50 anos, sexo feminino. Casada mãe de três filhos. Ainda jovem, deixou uma carreira brilhante para dedicar-se só a ter e criar os filhos. Os filhos cresceram. Já não precisam mais dela naquele papel de mãe em tempo integral. Os filhos têm agenda própria, nem a comida, ela precisa fazer mais para eles. Sobrou a tristeza, o vazio e o ressentimento. A sensação de inutilidade. Todos os dias ela acorda e vai ao quarto dos filhos. Chora lembrando quando eles eram ainda pequenos. Relembra com saudades o barulho que faziam todas as manhãs, antes de irem para a escola. Relembra de como eles enchiam a casa de alegria. Agora parecem distantes. Pensa nisso.  Ela entrou em uma depressão profunda com acentuada perda de memória! Depois de devidamente medicada pela ginecologista e psiquiatra sua vida voltou ao curso natural.

Para muitas mulheres, esse período da vida é semelhante a um luto, porque assinala o fim de um período cheio de certezas e a angústia de um futuro sem esperança. Está, de fato, a morrer uma parte de si própria, ou seja, a capacidade reprodutora [na prática, a fertilidade], que contém os sinais mais característicos do ser mulher. Contudo, por detrás da depressão, está também um motivo fisiológico, a diminuição da atividade da tireoide, uma glândula que regula importantes funções fisiológicas, que pode levar ao hipotireoidismo. Nesses casos, a solução é simples, a mulher deve fazer acompanhamento médico ginecológico (KAPLAN; SADOCK; GREBB, 1997; 2007, p. 49-50).

            Na meia idade, entre os 40 e os 50 anos, o homem vivencia um processo similar aquele ocorrido com as mulheres na menopausa: a andropausa. Tal fase é marcada especialmente pela queda na produção de testosterona, que pode levar aos seguintes sintomas:

– perda de massa óssea e aumento do risco de fraturas;

– perda de força e diminuição da massa muscular;

–  aumento da massa gordurosa;

–  diminuição da libido;

–  redução da fertilidade;

–  fadiga;

–  aumento da resistência à insulina e do risco de diabetes;

–  depressão;

–  comprometimento das funções cognitivas[4]

Identificação: Chamaremos o paciente de R .

Idade: 39 anos.

Sexo: Masculino.

Estado civil: Casado.

Religião: Protestante.

 O paciente, professor universitário, ministro do evangelho, vive uma crise em sua vida religiosa, seu casamento e sua profissão. Os sintomas de R são: mania [ele ocupa todos os cargos disponíveis em sua denominação religiosa], insônia, irritação, apatia, esgotamento físico e mental. Sintomas típicos de um quadro depressivo. Sua queixa principal é a dificuldade de relacionamento com sua mulher, com os filhos e com a igreja [Mulher, filhos e Igreja, todos simbolicamente representam sua família]. R está casado há quinze anos e está vivenciando aquela crise típica que antecede a passagem da primeira para a segunda metade da vida, geralmente chamada de crise da meia idade. Esse é um momento precioso para a vida humana.

Nessa crise, o sujeito pode ter a sensação de que o mundo está ruindo aos seus pés. Sente-se inadequado. Parece que nada dá mais certo em sua vida. Precisa buscar novos caminhos, novas alternativas, mas não sabe exatamente quais. Fica paralisado pela descoberta de que as estruturas herdadas da sua família de origem, que sustentaram tão bem sua vida até ali, já não lhe servem mais. Precisa descobrir suas próprias estruturas, afirmá-las perante a vida; contudo, falta-lhe força necessária para isso. Permanece paralisado diante do novo e assustador momento que a segunda metade da vida representa. Subiu a montanha da existência até aqui. Agora divisa o horizonte. Sabe que a decida é longa e penosa. Então, fica deprimido. Nesse caso, a depressão pode ter duplo sentido: significa preparação para o doloroso rito de passagem da maturidade para a velhice, que aos quarenta anos já pode ser enxergada a distância; e pode representar também a preservação da energia necessária para fazer a segunda etapa da sua viagem.

Após dois anos de análise, R narrou o seguinte sonho: “Sonhei que eu criava um casal de avestruz. A avestruz pôs um ovo e o deixou sobre algumas pedras. Eu fiquei olhando as avestruzes até divisar o ovo. Fui até onde o ovo estava e o apanhei na mão direita. Enquanto eu o segurava, ele pulsava na minha mão como se um coração estivesse batendo dentro dele”. [5]

Iniciaremos o nosso estudo verificando os simbolismos dos elementos principais desse sonho: as pedras, a avestruz e o ovo de avestruz. Sobre o simbolismo da pedra, Lexikon afirma:

Em muitas culturas, a pedra desempenha um papel simbólico significativo. A veneração dos meteoritos é, sobretudo, bastante difundida, por serem “pedras caídas do céu”; eram tidos como expressão simbólica de uma união do Céu com a Terra. Por sua dureza e imutabilidade a pedra relaciona-se frequentemente com poderes eternos, imutáveis e divinos, sendo vista quase sempre como a expressão da força concentrada. Mas, apesar da sua solidez, ela não é vista como algo inerte e sem vida, mas sim como algo nutriente; no mito grego, por exemplo, os homens nascem, após o dilúvio, das pedras semeadas por Deucalião. Muitas pedras, geralmente meteoritos, eram consideradas como doadoras de fertilidade e produtoras de chuva; as mulheres estéreis se esfregavam nelas quando desejavam ter filhos; na primavera ou nos períodos de seca, faziam-se oferendas a elas a fim de atrair a chuva e garantir uma boa colheita. […] Uma pedra negra e sagrada fazia parte do culto à deusa-mãe Cibele. O núcleo central da vida ritual do islamismo é um aerólito negro,o Hadschar al-aswad, encastoado na Caba de Meca. A Bíblia concebe o rochedo e a pedra qualidade de símbolos de força protetora de Deus.  Cristo mesmo é a ‘pedra angular’. (1990, p.156).

Quanto ao avestruz, afirma Lexikon:

As penas da avestruz eram consideradas pelos egípcios símbolos da justiça e da verdade (personificação da deusa Maat e da ordem universal). Segundo a concepção medieval da natureza, o avestruz não choca os próprios ovos, mas fixa os olhos neles até os filhotes saírem da casca. O ovo de avestruz era considerado, portanto, símbolo da meditação. Segundo outras concepções, o avestruz deixa que o sol choque os seus ovos, sendo, por isso, também um símbolo de Cristo ressuscitado por Deus. O ovo da avestruz simboliza também a gravidez imaculada de Maria. (1990, p. 29).

Sobre o ovo, por ser o germe da vida, é um símbolo muito difundido da fecundidade. Lexikon diz:

Nas concepções místicas de muitas culturas, encontra-se o ovo cósmico que – na qualidade de símbolo da totalidade dos poderes criadores – aparece nos primórdios frequentemente boiando nas águas primordiais; dele nascem o mundo e todos os elementos, ou seja, a princípio somente o céu e a terra. No cristianismo, o ovo é geralmente considerado símbolo da ressurreição, visto que Cristo irrompeu do túmulo como um pintinho do ovo; o ovo da Páscoa, que já desempenhava um importante papel nas festas pagãs da primavera como símbolo da fecundidade, recebeu então um significado cristão específico (1990, p. 152).

A pedra sobre a qual repousa o ovo pode significar a base moral, espiritual e material construída por esse sonhador nos primeiros quarenta anos da sua vida, posto que o mesmo desenvolveu desde a tenra idade um profundo relacionamento com Deus. É bom lembrar que, no Novo Testamento, Cristo é apresentado como a Pedra Angular, a primeira pedra, por assim dizer, sobre a qual deverá ser construído o caráter do homem de Deus, a fim de que este seja integrado como pedra viva no tempo de Deus, o seu povo, a comunidade dos homens.

De fato o sonho do nosso paciente encontra-se carregado de significado. O ovo que pulsa em suas mãos pode significar a introjeção da energia psíquica, o que pode estar subjacente aos processos psíquicos da sua depressão. A energia que deveria ser investida nas atividades da vida cotidiana encontra-se aprisionada no ovo que pulsa. A angústia, nesses casos, é uma forma de consumir a energia autoinvestida. O ovo que pulsa pode se referir a sua própria vida, que busca tomar um novo sentido em contato com a experiência primordial do amadurecimento psíquico que se aproxima. Ele prefigura o ressurgimento da sua espiritualidade, agora coroada pelo amadurecimento da fé na segunda metade da vida, que é uma fé mais universal, mais transcendente.   

Ao final da análise, R conseguiu superar aquelas dificuldades para assumir as grandes responsabilidades próprias da maturidade. Quinze anos depois desse sonho, R continua casado. Criou seus filhos. Integrou-se em sua profissão e, às vezes, ainda sofre de uma depressão leve que em nada prejudica sua vida. Posteriormente, R submeteu-se a mais quatro anos de análise, a fim de desenvolver o autoconhecimento.

           A meia-idade traz consigo pressões externas adicionais que podem precipitar alterações do humor. Os pais estão velhos e, muitas vezes, doentes. É possível que a profissão e as relações nem sempre sejam muito satisfatórias. Clinicamente, esses tipos de depressão são designados por distimia (neurose depressiva) ou depressão.  A distimia é uma depressão crônica fraca, durando pelo menos dois anos. Para se sentir deprimido, o doente deverá apresentar pelo menos dois dos outros sintomas clínicos abaixo indicados. Em uma depressão profunda, o doente apresenta uma depressão que dura há mais de duas semanas e pelo menos cinco dos sintomas abaixo indicados. Nesses tipos de depressão a cura é demorada.

          O quadro clínico tradicional para a depressão em um adulto poderá apresentar os seguintes sintomas:

– Um sentimento persistente de tristeza, depressão, infelicidade ou de vazio.

– Perda do interesse e da satisfação nas atividades normais, inclusive nas relações sexuais.

– Energia reduzida, fadiga e cansaço.
– Problemas do sono, como dificuldade em adormecer ou em continuar a dormir, acordar de madrugada ou dormir de mais.
-Perda de apetite e de peso ou comer em demasia.
-Sentimentos de culpa, inutilidade e desamparo.
-Sentimentos de desespero, pessimismo e de que a vida é inútil.
– Dificuldades de concentração, memória, e em tomar decisões.

-Preocupação e aflição.
-Irritabilidade, agitação, inquietude e ansiedade.
-Acessos persistentes de choro.
-Dores crônicas e outros problemas físicos que não parecem reagir a tratamento.
-Pensamentos recorrentes de morte e suicídio.

           A depressão que ocorre pela primeira vez na meia-idade, ou posteriormente, pode ser mais grave e implicar mudanças na capacidade do indivíduo em analisar a realidade. Tais depressões são consideradas de proporções psicóticas. Uma grave perturbação afetiva com características psicóticas era anteriormente designada como reação psicótica depressiva. Há muitos anos, chamava-se reação psicótica involutiva.  Involutiva devido às mudanças degenerativas que podem ocorrer entre os quarenta e os sessenta e cinco anos, que às vezes produz perda significativa de neurônios. Independentemente do nome que se dá, esse tipo de depressão está também relacionada à determinada vivência. Nesse caso, as características clínicas anteriormente descritas manifestam-se de uma forma muito mais intensa. Além disso, há uma debilitação na capacidade de análise da realidade. Ocorrem ilusões [falsas crenças], normalmente sobre temas deprimentes como a doença, o castigo, a morte ou a incapacidade pessoal. Podem também ocorrer alucinações e o funcionamento normal do paciente é afetado.

 DEPRESSÃO NA TERCEIRA IDADE

A população do mundo sofre um processo de envelhecimento constante. O envelhecimento é hoje um fenômeno universal, tanto nos países desenvolvidos, quanto nos países emergentes e em desenvolvimento. No Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde [OMS], até o ano de 2025, a população idosa no Brasil crescerá 16 vezes, contra cinco vezes da população total. O Brasil é classificado atualmente como a sexta população do mundo em idosos, correspondendo a mais de 32 milhões de pessoas com 60 anos de idade ou mais [OMS, 2006]. Esse aumento da população idosa aumenta à prevalência elevada de doenças degenerativas oriundas do próprio processo de envelhecimento. Dentre  essas doenças, destacamos  aquelas que comprometem o funcionamento do sistema nervoso central, como as enfermidades neuropsiquiátricas, tais como o Mal de Parkinson, o Mal de Alzheimer e  particularmente a depressão. Cabe registrar que o envelhecimento mental produz naturalmente uma lentificação dos processos mentais, isso, contudo não representa perdas das funções cognitivas de base: memória, inteligência e percepção. Na maturidade, a depressão pode manifestar-se diante das crises de desenvolvimento da vida adulta. As crises, aqui consideradas, são aquelas que ocorrem diante de fatos naturais da vida, tais como assumir responsabilidades morais e sociais perante a sociedade, doença crônica, a perda do emprego, a perda de um parente ou amigo, separação conjugal, divórcio, viuvez, assédio moral no emprego e, às vezes, diante da partida ou do casamento de um filho adulto. A depressão pode significar a dificuldade de experienciar a realidade, tal como se apresenta ao sujeito.

A depressão, nessa fase da vida, é causada frequentemente pelos preconceitos sociais contra o idoso, que é visto, a partir de então, como inútil. Prevalece também o receio de que a vida já não tem nada para oferecer; a ideia de que ninguém pode ajudar; a angústia de estar só; a desorientação; a insônia; a emotividade exagerada; o pessimismo quanto aos problemas da vida; sentimentos de culpa; dores difusas; perdas de memória etc. Muitos idosos sofrem dessas perturbações, que influenciam a sua existência, assumindo comportamentos que não são senão um modo de reagir à frustração causada por circunstâncias negativas em que vivem. Outros fatores etiológicos da depressão são as perdas reais: saúde; amigos; desejo sexual; amores; vigor físico; beleza física; status; espiritualidade etc (SHEEHY, 1980, p. 329-452).

A depressão é o problema psicológico mais comum no idoso. Embora seja comumente negligenciada no idoso, ela é, na realidade, bastante tratável. O importante seria a identificação das causas, pois é possível encontrar todos os tipos de depressão entre os idosos, desde a recorrência da depressão bipolar, depressão maior crônica, distúrbio distímico agravado pelas condições de vida, distúrbios de ajustamento a outros transtornos orgânicos, afetando dramaticamente a resposta do paciente idoso à reabilitação. A atividade física, quando regular e bem planejada, contribui para minimização do sofrimento psíquico do idoso deprimido, além de oferecer oportunidade de envolvimento psicossocial, elevação da autoestima, implementação das funções cognitivas, com saída do quadro depressivo e menores taxas de recaída. [6]

Nesses casos, qualquer que seja a causa, para enfrentar corretamente o problema é importante reconhecer rapidamente os sinais de alarme da depressão e pôr em prática uma terapia adequada. Mas isto nem sempre é fácil. O primeiro sintoma que leva a suspeitar da doença, pode ser uma excessiva preocupação com a própria saúde, seguida de sentimentos de culpa injustificados por algo que podia ter sido feito e não foi. Além disso, em certos casos, a depressão não tem uma causa propriamente dita. Porém, se for ao âmago da questão, descobrirá que o fenômeno pode ter como consequência laços do passado não resolvidos que, até certo ponto, vêm agora à superfície.

Finalmente, muito frequentemente, quem sofre dessa doença na velhice nunca teve problemas desse tipo, mas, de repente, dá-se a derrocada. Em qualquer caso, é muito importante recorrer, o mais rapidamente possível, ao médico de família para informá-lo do que está acontecendo. Se, depois dos exames específicos, for excluída uma série de patologias, permanecendo a dúvida sobre o doente estar deprimido, o médico deverá encaminhá-lo para os especialistas: psiquiatra, psicólogo e guia espiritual (ABREU, 2003).

DEPRESSÃO PÓS-PARTO OU PUERPERAL

A ansiedade, a tensão, os mitos – construídos pela comunidade das mulheres antes do parto – são responsáveis pela tristeza da primípara. Torna-se comum a muitas mulheres, preocupadas com a mudança da sua vida após o nascimento do bebê. Faz-se, no entanto, necessário distinguir entre o desconforto temporário, natural e passageiro e a depressão propriamente dita. Mais da metade das mamães, depois do parto, entre o segundo e quarto dia, sentem-se mais sensíveis e cansadas, com uma tristeza sem motivo, choro fácil, irritabilidade e um sentimento de incapacidade de cuidar do filho, da casa e do marido. São sintomas que não interferem nas atividades e tarefas do dia a dia da mamãe e no seu relacionamento com as outras pessoas (KLAMEN; TOY, 2005, p. 69-70).

           A intensidade dos sintomas geralmente define os diferentes quadros depressivos do período pós-parto. A depressão pós-parto [Blues post partum] é um distúrbio emocional comum, podendo ser considerado uma reação esperada no período pós-parto imediato e que geralmente ocorre na primeira semana depois do nascimento da criança. Entre 50% a 80% de todas as mulheres apresentarão reações emocionais. Os sintomas incluem crises de choro, fadiga, humor deprimido, irritabilidade, ansiedade, confusão e lapsos curtos de memória. As reações emocionais não psicóticas, ocorridas no período de pós-parto, se resolvem espontaneamente em até seis meses, sendo que o manejo consiste em deixar a paciente verbalizar seus sentimentos, enfatizando a normalidade da sua alteração. Esse quadro de tristeza e, às vezes, de depressão leve, pode ocorrer após o parto. Esta depressão leve também é conhecida como Blues post partum. Geralmente, esse quadro dura poucos dias, de 4 a 5 semanas. Não requer uso de medicação e a mulher melhora espontaneamente, com apoio familiar e sem intervenção médica ou psicológica. O melhor é que as mamães conversem sobre o que estão sentindo, sem se sentirem culpadas por estarem tristes.

O nascimento de uma criança carrega em si uma crise natural.  Corresponde ao momento em que a mulher se transmuta para assumir o caráter materno. A mulher sofre grandes transformações biopsicossociais até chegar à maternidade.  Logo após o parto, a mãe tem igualmente de enfrentar o fim da sua união simbiótica com a criança que antes carregava dentro de si mesma como uma parte sua. Além disso, para as mulheres, começa a jornada rumo ao reino das mães, que pode significar problemas de organização, de tempo, e mesmo renúncia ao ritmo de vida anterior. Logo após o parto, a tristeza, as crises de choro, o sentimento de desamparo podem ser naturais. O período pós-parto é marcado também por alterações hormonais ligadas ao fim da gravidez, que podem provocar alterações na afetividade e mesmo certa inabilidade. Regressar a casa pode ser dramático, com dificuldade em alimentar-se, aleitamentos difíceis, noites mal dormidas, preocupações excessivas com a saúde do bebê e, frequentemente, momentos de agressividade e incompreensão para com o companheiro.

           Os problemas do pós-parto geralmente se resolvem espontaneamente ao fim de uma semana, sem deixar sequelas. Se essa tristeza ultrapassar alguns dias ou se manifestar subitamente com especial intensidade e gravidade, se a mulher sentir-se muito deprimida ou não sentir alegria com o nascimento da criança e as tarefas futuras lhe parecerem superiores às suas forças, pode estar ocorrendo um quadro depressivo. Nessas circunstâncias, é bom verificar se a depressão tende a se acentuar com o tempo. Por isso, é melhor não a subestimar esperando que passe por si só, recorrendo imediatamente ao especialista. Esse quadro é comum, posto que existem aspectos difíceis e bastante objetivos na relação materno-filial, que geram angústias e tensões. A mãe ainda não se acostumou com o bebê; nas primeiras semanas, mãe e filho se conhecem muito pouco, uma vez que não se estabeleceu entre eles um padrão de interação e comunicação e, com frequência, a mãe não sabe distinguir quais as necessidades do bebê que permanecem insatisfeitas. Só aos poucos, aprende a diferenciar o repertório de choros do filho para diferentes necessidades. Começa, então, a perceber quando o choro do bebê sinaliza medo, fome, dor, desconforto, sede, sono ou necessidade de contato. Essa é uma relação marcada pela comunicação não verbal; portanto, no início, uma relação pouco estruturada e, por isso, intensamente emocional. As mães geralmente sabem o que fazer com seus bebês, é instintivo.

A própria presença do bebê pode despertar projeções profundas e significativas no inconsciente materno. Nunca é demais lembrar que o arquétipo da mãe que assume o controle da consciência, nesses casos, é poderoso na história mítica da humanidade. As mulheres facilmente se assustam diante do recém-nascido, que simboliza uma instintividade primitiva sem controle, sobretudo quando tais mães vivenciam conflitos em relação à capacidade de controlar os próprios impulsos. O contato com o bebê, visto dessa maneira, pode evocar ansiedades profundas que só mais tarde – no decorrer do desenvolvimento da criança, vai gerar mais acomodação, tornando a mulher mais organizada e controlada. Vemos, portanto, um paralelo entre a expectativa em relação ao bebê e a si própria. Quando a exigência em relação ao próprio papel de mãe é muito intensa, pode desencadear necessidades emocionais bastante importantes, desde as primeiras semanas de vida do bebê.

A depressão pós-parto, todavia, relaciona-se a diversos fatores, além dos sentimentos de angústia produzidos naturalmente pelo puerpério. Os sentimentos de angústia, sejam eles leves ou muito intensos, fazem parte do processo. A depressão puerperal está mais relacionada à estrutura e às experiências da mãe, e envolvem diversos fatores e experiências novas na vida da família e principalmente na da mulher. As possibilidades de a depressão leve evoluir para uma depressão pós-parto mais grave são remotas. A depressão pós-parto propriamente dita inicia-se até o sexto mês após o parto e com sintomas mais severos. Atinge por volta de 15% das mulheres. Nesse caso, a mamãe sente uma tristeza muito grande de caráter prolongado, sentimento de culpa, com baixa autoestima e perda de sentido para a vida. Muitas vezes se acha incapaz de cuidar do seu bebê e passa a ter dificuldades em amamentá-lo e suprir suas necessidades básicas, não sendo capaz de cuidar dela própria também. Pode, em casos mais graves, tentar o suicídio, abandonar o bebê ou mesmo tentar matá-lo. Essa depressão pode gerar inclusive estados crepusculares de alteração do campo da consciência, que podem ser perigosos para a mãe e o bebê.

Pós-parto é uma fase crítica para a mulher por causa das violentas mudanças nas taxas hormonais, além de todo o estresse que o parto implica. Verifica-se um aumento geral na incidência de distúrbios mentais nessa fase, principalmente para quem já sofreu algum problema psiquiátrico antes. Algumas mulheres passam por um quadro mais complicado conhecido como Psicose Puerperal e Síndrome Depressiva Crônica. São quadros depressivos que também ocorrem no período pós-parto.  Na Psicose Puerperal, os sintomas aparecem nos três primeiros meses e são mais intensos e duradouros, com episódios psicóticos, necessitando acompanhamento psicológico e internação hospitalar. A psicose puerperal ocorre na frequência de um ou dois partos para cada mil. Ocorrem mais nas primíparas e mães solteiras. Não há relação dessa psicose com a idade da mãe nem com sua cor. Pacientes com transtornos bipolares ou pacientes que tiveram psicose no parto anterior devem tomar medidas preventivas. O início é súbito dando-se em 1/3 dos casos na primeira semana após o parto e 2/3 no primeiro mês. A principal temática dos delírios da psicose puerperal está ligada ao bebê. Os temas mais comuns dos delírios são achar que o bebê não nasceu, foi trocado, está morto ou defeituoso. Tentativas de homicídio contra o bebê podem acontecer. Mais raramente também, podem ocorrer tentativas de suicídio por parte da mãe. A recuperação da psicose está diretamente ligada à história prévia da paciente. Sendo ela bipolar, a recuperação do transtorno se dará de forma natural ou abreviada pelo tratamento. Sendo esquizofrênica, o curso crônico prosseguirá com a possibilidade de certa acentuação durante o puerpério. Sem nenhuma história prévia, a maior probabilidade é de que a paciente se recupere completamente. O tratamento realizado é o mesmo para as psicoses em geral e o aleitamento materno precisa ser suspenso

DEPRESSÃO NA FASE DE TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL (TPM)

Durante as diversas fases do ciclo menstrual, a vulnerabilidade à depressão muda. Devido às variações hormonais, o risco de novos episódios ou o agravamento de um episódio já existente, aumenta após a ovulação, na segunda metade do ciclo. Muitas mulheres vivem a expectativa da menstruação como uma perda significativa. Além das dificuldades naturais da própria menstruação, podem ocorrer as cólicas, que podem ser muito severas em algumas mulheres, aumentado assim o sofrimento natural imposto pela depressão na TPM. O acompanhamento médico ginecológico é recomendado (FENICHEL, 1981, p. 383).

Principais sintomas da TPM: Irritabilidade, nervosismo, descontrole das ações ou emoções, agitação, raiva, insônia, dificuldade de concentração, letargia [lentificação para fazer as coisas], depressão, sensação de cansaço, ansiedade, confusão, esquecimento frequente, baixa autoestima, paranoia, hipersensibilidade emocional, ataques de choro.
Gastrointestinais: Dores abdominais, inchaço, constipação, náusea, vômitos, sensação de peso ou pressão na pelve;

Dermatológicos: Acne, inflamações na pele com coceira, agravamento de problemas dermatológicos preexistentes;

Neurológicos: Dores de cabeça, tonteira, desmaios, entorpecimento, irritabilidade, sensação de zumbido, machucar-se facilmente, contrações musculares, palpitações, descoordenação dos movimentos;

Outros sintomas: Aumento da retenção de líquido causando sudorese fácil, intumescimento das mamas, e ganho de peso periódico, diminuição do volume da urina [o que contribui para a retenção de líquido]. Aumento da predisposição a alergias e gripes, alterações visuais [talvez devido à retenção de líquidos], conjuntivites [não necessariamente infecciosa], diminuição da libido [desejo sexual].

           A TPM geralmente é tratada com a  modificação na dieta, aumentando-se a quantidade de proteínas e diminuindo o açúcar, o sal, o café e o álcool. Fazendo exercícios regularmente, evitando o estresse, suplementando a dieta com vitamina B6, cálcio e magnésio.
As alternativas medicamentosas são com contraceptivos orais e com antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina. Recentemente a FDA [Food and Drug Administration] autorizou o uso da fluoxetina para o tratamento da TPM nos EUA.

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[2] Depressão na infância e na adolescência. In: biosseguranca/Bis/infantil/depressao-infantil.htm acessado em 09 de setembro 2012.

[3]http://pe360graus.globo.com/noticias/cidades/saude/2010/09/07/nws,520122,4,62,noticias,766-adultescencia-conheca-desvio-comportamento.aspx acessado em 09 de setembro de 2012.

[4] ROHDEN, Fabíola. O homem é mesmo a sua testosterona: promoção da andropausa e representações sobre sexualidade e envelhecimento no cenário brasileiro. In: Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 17, n. 35, p. 161-196, jan./jun. 2011.

[5] Anotações dos fragmentos de uma análise usado com o consentimento do sujeito, em poder do autor, 2002.

[6] http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/3913/depressao-no-idoso#ixzz26BF69zW4 acessado em 11 de setembro de 2012.

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