Antonio Maspoli

Conta-se, na Índia, esta lenda sobre a criação da mulher:
Quando acabou de criar o homem, o Criador reparou que tinha usado todos os elementos concretos.
Nada mais havia de sólido, maciço ou duro para criar a mulher.
Depois de refletir muito tempo o Criador lembrou-se da natureza.
Então o Criador tomou a redondeza da lua, a flexibilidade da prata e o farfalhar da das folhas,
A finura da cana e o desabrochar das flores, a leveza do vento e a serenidade dos raios do sol,
As lágrimas das nuvens e a instabilidade das ondas do mar,
A timidez dum coelho e a vaidade dum pavão,
A maciez da penugem dum pássaro e a dureza dum diamante.
O criador temperou a mulher com a doçura do mel e a crueldade dum tigre,
O crepitar do fogo e o frio da neve,
A tagarelice dum papagaio e o cantar dum rouxinol,
A astúcia duma raposa e a fidelidade duma leoa.’
Misturando todos esses elementos não sólidos, o Criador fez a mulher.
E o Criador viu que fez a mulher de uma espécie diferente… E que isso era bom!
A fim de equilibrar tudo isso o Criador transformou a alma da mulher numa fortaleza e o seu espírito num forte.
E do seu corpo o Criador forjou um abrigo, um lugar de descanso e de refúgio.
E a alma da mulher, o Criador transformou num casulo, para guardar os sentimentos mais sublimes.
O criador abençoou a mulher com o dom da maturidade.
Ela amadurece bem mais cedo do que os homens, quando esses amadurecem…
O criador deu a mulher um coração misterioso, uma caixa de pandora mesmo.
Ela chora até por quase nada, quando triste. E ri de quase tudo, quando feliz.
E por vezes nem sabe por que chora… Um ser diferente, que prefere ser admirado, a ser compreendido.
Por isso é da espécie das mulheres!
O Criador fez a mulher de uma espécie diferente…
Da espécie das fêmeas!
Nem por isso a mulher é frágil

Antonio Maspoli

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