O Sonho e o Trauma na Psicologia Analítica  

Antonio Maspoli

Introdução

A complexidade dos objetos de estudo desta pesquisa obrigou este pesquisador a buscar outros aspectos teóricos relevantes para compreender e analisar a subjetividade quilombola fruto da observação de campo. Os aspectos teóricos considerados neste capítulo procuram revelar o mundo subjetivo com relação ao sonho, ao trauma, ao tempo, etc. Foram coletados aqueles aspectos das grandes teorias e microteorias relacionados aos fenômenos estudados. São fatores teóricos que se complementam e, por isso mesmo, às vezes se interpenetram. São eles: o sonho na linguagem traumática; o sonho xamânico; o kairós – o tempo presente.

O sonho ocupa um papel de destaque na Psicologia Analítica. Os sonhos tanto podem se reportar aos estados conscientes quanto aos estados inconscientes do sujeito. Os sonhos podem não apenas estar ligados ao passado como representar fatos do presente, do cotidiano, ou apontar para fatos anomalísticos e futuros da vida do sonhador (JUNG, 1975). Os complexos podem aparecer no conteúdo dos sonhos. “Jung, portanto, tentou expor conscientemente a sua opinião de que o objetivo da interpretação dos sonhos é descobrir tanto os complexos quanto o que o inconsciente tem a dizer a respeito dos complexos. ” (MATTOON, 2013, p. 31). Neste trabalho, o sonho será abordado tanto com respeito aos seus aspectos coletivos, como linguagem de traumas, quanto aos seus aspectos xamânicos.

Carl Gustav Jung (1964) considera os sonhos como os mais fecundos e acessíveis caminhos de exploração do inconsciente, para quem deseja investigar a capacidade de simbolização do homem. No inconsciente, nenhum símbolo onírico pode ser separado da pessoa que o sonhou, da sua história de vida pessoal, do passado e presente, e nem mesmo das suas expectativas quanto ao futuro. Por esse motivo, Jung afirma que nenhum manual de interpretações de sonhos é válido e eficaz, pois os símbolos são próprios do sonhador e só fazem sentido no contexto da história de vida de quem sonhou. M. A. Matoon, seguindo Jung, relaciona os sonhos ao complexo e postula que “[…] o objetivo da interpretação dos sonhos é descobrir tanto os complexos quanto o que o inconsciente tem a dizer a respeito dos complexos” (MATTOON, 2013, p. 31).

Jung trabalha com o simbolismo no contexto da interpretação dos sonhos, porque julga impossível entender tão bem um sonho alheio, a ponto de interpretá-lo perfeitamente. Ele costumava falar para seus alunos aprenderam tudo, ao máximo, sobre simbolismo, mas, na hora de interpretar um sonho, deveriam esquecer de tudo a fim de apreender o sonho da perspectiva do sonhador, e não do analista (JUNG, 1964, p. 18). “O sonho, portanto, num vocabulário simbólico, isto é, por meio de representações figuradas e sensoriais, comunica-nos ideias, juízos, concepções, diretrizes, tendências, etc., que, recalcadas ou ignoradas, se encontravam no estado de inconsciência ” (JUNG, 1975, p. 257).

Carl Gustav Jung (1998) considerava que, para se entender o sentido do sonho, deve-se perguntar ao sujeito que elementos estão associados à imagem onírica. Lugares conhecidos, familiares, parentes, fatos passados, etc., porém a redução é insuficiente. Deve-se questionar o porquê daquelas associações, e não outras. Uma causa só é insuficiente. Só a influência de várias causas é capaz de dar uma determinação verossímil das imagens do sonho. Pode-se evocar toda a história do indivíduo como material associativo ao sonho, todavia deve-se ir até onde possa parecer necessário. Deve ser feita uma seleção do material e submetê-lo ao método comparativo. Os fenômenos psicológicos podem ser abordados de duas formas: causalidade e finalidade. Portanto, deve-se buscar também o para que do sonho, isto é, a sua finalidade. Na perspectiva de Jung, só o porquê não resolve. O porquê, por ser causal, pode ser reducionista e regressivo. Já o para que abre novas possibilidades para o sonhador, é probabilístico e teleológico. Na interpetação dos sonhos tanto o porque? Quanto o para que? Devem ser instrumentalizados (JUNG, 1998).

Podemos formular a questão da seguinte maneira: para que serve este sonho? Que significado tem e o que deve operar? Estas questões não são arbitrárias, portanto podem ser aplicadas a qualquer atividade psíquica. Em qualquer circunstância é possível perguntar-se por quê? E para quê? Pois toda estrutura orgânica é constituída de um complexo sistema de funções com finalidade bem definida e cada uma delas pode decompor-se numa série de fatos individuais, orientados para uma finalidade. (JUNG, 1998, p. 249).

O sonho como linguagem do trauma

O trauma pode assumir personificações nos sonhos. Nesse caso, tais sonhos são carregados de emoções semelhantes àquelas vivenciadas pelo sujeito, na experiência traumática, intensas e ameaçadoras. Se, por um lado, o sonho possibilita uma catarse para as emoções, as sensações e os sentimentos da experiência traumática reprimidos no inconsciente, há que se considerar também que, em alguns desses sonhos, o sujeito revive a experiência traumática. A intensidade afetiva do trauma, no sonho, pode retraumatizar o sujeito, como ocorre no pesadelo. Donald Kalsched (1996) afirma que existem duas importantes constatações, na literatura a respeito do trauma:

A primeira constatação é que a psique traumatizada é autotramatizante. O trauma não termina com a cessação da violência externa, mas prossegue com o mesmo vigor no mundo interior da vítima do trauma, cujos sonhos são com frequência, assombrados por figuras interiores opressores. A Segunda constatação é o fato aparentemente perverso de que a vítima do trauma psicológico continuamente dar consigo em situações de vida nas quais é retraumatizada. (KALSCHED, 2013, p. 20).

Na linguagem do sonho traumático, não é incomum que a representação do complexo afetivo derivado do trauma apareça reassentada por imagens daimônicas: “Pesquisas cuidadosas desses sonhos em situações clínicas conduzem à nossa hipótese principal de que as defesas arcaicas associadas ao trauma são personificadas como imagens daimônicas. ” (KALSCHED. 2013, p. 14). A imagem daimônica representa, na psique, o processo de sofrimento e a dissociação psíquica. Daimônico é derivado de daimon:

Uma sugestão para uma possível interpretação provém da derivação da palavra diabólico, do grego dia (através) e ballein (lançar) (Oxford English Dictionary), donde, lançar através ou separado. Disso deriva o significado usual de diabolôs como o Diabo, isto é, aquele que atravessa, impede ou desintegra (dissociação). (KALSCHED, 2013, p. 37).

Os sujeitos traumatizados são assombrados por sonhos terríveis. Nesses sonhos, destaca-se a figura obscura do daimon como epicentro do evento onírico. O daimon no sonho talvez represente o núcleo do evento traumático. Em sua obra “Recuerdos, suenos, pensamento”, Carl Gustav Jung (1971) usou o termo daimon como explicação parcial da gênese da sua obra e de sua vida. Jung afirma que   viveu, escreveu e desenvolveu a psicologia analítica como uma consequência de estar sob a inspiração do daimon.

O termo daimon, em Jung, refere-se à energia criadora e obscura que flui do inconsciente, um arquétipo ou o numinoso, aquele numinoso de Rudolfo Otto, desde os tempos primordiais, tem sido atribuído como portador de um poder divino e que possui uma autoridade muito maior do que o intelecto humano (OTTO,1985). “Quando o daimon está em ação, sentimo-nos muito perto e muito longe. Só quando ele se cala é que podemos guardar uma medida intermediária  ” (JUNG, 1975, p. 309).

O daimon corresponde às memórias implícitas da neurociência localizadas no lado direito do hemisfério cerebral (WILKILSON, 2009; 2010). O daimon brota do inconsciente. Embora pareça um termo místico, obscuro, Jung deixa claro, todavia, que o daimon se refere ao inconsciente(JUNG, 1975, p.291).O daimon, em outras palavras, mantém a tensão dos opostos, com seus bons e maus aspectos. Jung também destacou a estreita ligação entre o daimon e criatividade (JUNG, 1975, p. 297).

Sonhos xamânicos   

As narrativas coletivas dos povos – seus mitos, suas lendas, suas visões, suas revelações, suas fantasias, suas histórias – são consideradas, por Jung, como equivalentes dos sonhos: “As ‘narrativas dos povos’ (aquelas de autoria de um povo, e não de um indivíduo) – mitos, lendas e contos de fada – são frequentemente considerados por Jung como sendo o equivalente dos sonhos de uma pessoa, ou seja, produtos do inconsciente” (MATOON, 2013, p. 58). O sonho coletivo reflete não só a trajetória do sujeito, mas também do grupo, como inclui a saga da comunidade em seu conteúdo. “O sonho para esses povos tem um papel central em suas culturas e são geralmente utilizados para nortear suas vidas, assim como servem de guia para as ações do grupo como um todo”(FARIA; FREITAS; GALIBACH, 2014, p. 270).

O Xamã, chamado de Pajé entre os índios brasileiros e entre os negros da foz do Rio Amazonas, é uma espécie de médico, curandeiro, feiticeiro e sacerdote. O Pajé é portador de uma vocação divina especial. Ciente dessa vocação, ele é separado, desde cedo, para a sua iniciação, dedicando-se a fazer a mediação entre as forças espirituais do bem e do mal, entre a saúde e a doença, a loucura e a sanidade, Deus e o demônio, os santos e os pecadores e também a mediação dos tempos,  entre o chronos e o kairós.

O Pajé é escolhido por um sinal. Algo sobrenatural. Meu pai chorou na barriga da minha avó. Esse foi o sinal. Ele já nasceu Pajé. Seus poderes foram reconhecidos desde criança. O choro na barriga da minha avó foi o sinal do seu chamado. E ele atendeu a este chamado até se converter ao protestantismo e converter o quilombo, em 22 de maio de 1968. (Rio Negro, 70 anos).

O Pajé do Amazonas, como no resto do Brasil, é fruto do sincretismo religioso, do cruzamento do catolicismo popular com religião indígena e com os cultos afro-brasileiros. Os quilombolas chamam essa prática religiosa de religião de pena e maracá. A religião de pena e maracá tem como centro da sua prática a invocação dos encantados. Os encantados são os espíritos dos ancestrais, da natureza e dos antepassados que vivem no fundo dos igarapés e podem ser invocados e recebidos pelo fenômeno da possessão. A função dos encantados é proteger, curar e orientar a vida dos vivos (TAUSSIG, 1993; FIGUEREDO, 2008).

O Pajé é dotado de poderes mágicos, capaz de realizar e quebrar magias, feitiçarias e encantamentos. O Pajé tem o poder de invocar e incorporar os encantados. O Pajé conhece os segredos da natureza, da floresta, dos tempos e do coração do homem.

No Amazonas, o Pajé é o médico e o guia espiritual de índios e quilombolas. O Pajé dessa região pode ser enquadrado na definição de Mircea Eliade (2002): “Desde o início do século, os etnólogos se habituaram a utilizar como sinônimos do termo xamã, medicine man, feiticeiro e mago para designar certos indivíduos dotados de prestigio mágico-religioso encontrados em todas as sociedades primitivas” (ELIADE, 2002, p. 15). Além da arte de curar, o Pajé é um profundo conhecedor dos efeitos benéficos e maléficos das ervas. O Pajé é dotado da técnica do êxtase. O êxtase lhe permite subir aos céus e/ou descer ao inferno da alma humana, além de possibilitar certa atividade profética de previsão dos tempos futuros para o grupo e até para o sujeito. O Pajé é o especialista na análise dos fenômenos naturais como preditores do futuro. O Pajé pode prever, por exemplo, se no próximo ano haverá chuva abundante, ou seca calcinante. O Pajé domina a interpretação dos sonhos (ELIADE, 2002, p. 17).

Na literatura mundial, o pajé é mais conhecido como xamã. Seu status de especialista no mundo onírico não decorre somente de um conhecimento intelectual ou didático do assunto, mas, sobretudo, de uma vivência visceral no mundo dos sonhos, e é a partir deste conhecimento empírico que o pajé sustenta suas práticas de cura. (OLIVEIRA, 2014, p. 271).

O sonho do Pajé serve a um propósito de compensação e de cura da alma. O Pajé pode sonhar, em transe, dormindo ou mesmo acordado. Do ponto de vista psicológico, o sonho do Pajé é um fenômeno psíquico normal, que transmite à consciência reações inconscientes ou impulsos espontâneos. A maioria dos sonhos pode ser interpretada por associação, mas, em certos sonhos proféticos e premonitórios, podem aparecer elementos que não são individuais ou formas mentais cuja presença não encontra explicação na vida do indivíduo. Tais sonhos mais parecem formas primitivas da cultura e podem representar uma herança do espírito humano. Herança esta originária daquele lugar onde se situam os arquétipos, o inconsciente coletivo.  

Diferente de nosso mundo ocidental, em que o especialista em sonhos, como o psicólogo ou analista, é mais um interprete ou um tradutor do mundo onírico das pessoas, o pajé utiliza seu mundo onírico como fonte de conhecimento e cura. O que lhe garante o status de especialista em sonhos é o uso que ele próprio faz de seus sonhos. “Para o pajé, o sonho é fundamental e pode ajudá-lo a antever acontecimentos, descobrir autores de furto e muitas outras adivinhações”. (OLIVEIRA, 2014, p. 275).

No sonho do Pajé, o elo entre o sonho, a fantasia e a realidade são o símbolo e o mito. O símbolo, na estrutura onírica, é o caminho de aproximação entre realidade e a fantasia, entre o arquétipo e o mito. O mito é a forma mais comum de inserir o símbolo na narrativa e transmiti-lo às gerações futuras.

Esse elo crucial entre os mitos arcaicos ou primitivos e os símbolos produzidos pelo inconsciente é de valor prático para o analista. Permite-lhe identificar e interpretar esses símbolos em um contexto que lhes confere tanto uma perspectiva histórica quanto um sentido psicológico. (JUNG, 1964, p. 109).

Na intepretação dos sonhos de natureza arquetípica e coletiva, é facultativo considerar- o contexto histórico onde o sonho emerge, além das informações necessárias sobre o ambiente do sonhador. Um dos métodos utilizados é a amplificação. Na amplificação  pode-se utilizar o conhecimento histórico, mitológico, fabular e até mesmo usar parábolas para decifrar o conteúdo do sonho. “Quando os sonhos encerram um conteúdo arquetípico, a amplificação inclui paralelos, imagens semelhantes em situações semelhantes, em segundo plano, extraídos da literatura mitológica e etnológica ” (MATOON, 2013, p. 120).

O tempo do mito é o mesmo do sonho, é o kairós. O tempo profano é representado pelo khronos e o tempo sagrado pelo kairós. Antes de adentrarmos por essa discussão, tem-se uma pergunta simples para se responder: o que é o tempo? “Se alguém me perguntar, eu sei; se quiser explicar, já não sei. Porém atrevo-me a declarar, sem receio de contestação, que, se não houvesse a memória, não haveria tempo passado; que se nada sobreviesse, não haveria tempo futuro e, se agora nada houvesse, não existiria tempo presente. ” (AGOSTINHO, 1997, p. 322).

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