Depressão na Psiquiatria

Antonio Maspoli

Introdução

A depressão é uma enfermidade classificada CID-10, na categoria dos transtornos do humor, e deve ser considerada uma doença cujo tempo de duração varia com a sua classificação. É uma enfermidade marcada por crises episódicas, ou seja, tende a se repetir, produzindo, por isso, frequentes recaídas e recidivas. Consiste, no século XXI, em uma das doenças mais comuns da era moderna, embora seja conhecida desde a antiguidade. A transição entre a concepção mágico-religiosa da doença para uma compreensão da enfermidade como fenômeno natural da vida foi longa.

A psiquiatria, tal como a conhecemos hoje, começou com a Stultifera Nave em fins da Idade Média. O Renascimento considerava a melancolia uma espécie de loucura parcial em oposição aos transtornos gerais da inteligência, o que não implicava, forçosamente, a ocorrência da tristeza.  Esquirol distinguia no grupo de loucuras parciais ou monomanias, uma monomania propriamente dita com um elemento de tristeza. Esta era denominada lipemania. O significado do termo melancolia, na Antiguidade Clássica, difere muito do que se utilizou no campo psiquiátrico desde o século XX. Naquela época, melancolia significava o rompimento da harmonia entre os humores do organismo, tendo como predomínio a bile negra [Melanio Chole]. O termo histórico não se referia aos sintomas afetivos, como ocorre atualmente (BERRY, 1988). Nos textos hipocráticos, o termo melancolia designava uma doença mental e também um tipo de temperamento e estado emocional. As obras de Hipócrates, em geral, foram conhecidas no mundo ocidental pelas suas versões latinas, surgindo a tradução de premere [pressionar para baixo], referindo-se à melancolia. A doença era chamada melancolia e o sintoma, depressão.

Na Idade Média, a depressão foi considerada uma força mística de alguma entidade misteriosa. Somente no século XVIII, foram realizados estudos sobre o tema, por meio de pesquisas em instituições e hospitais especializados. A partir da obra de Phillipe Pinel [1745-1826], então professor da Faculdade de Medicina de Paris, a depressão passa a ser tratada como assunto médico psiquiátrico (FOUCAULT, 1964, p. 78-84).           

Em 1882, o psiquiatra alemão Karl Kahlbaum, usando o termo “ciclotimia”, descreveu a mania e a depressão como estágios da mesma doença (KAPLAN; SADOCK, 1986; 2010). Os médicos do século XIX deixam indícios de darem preferência ao termo depressão. No final desse mesmo século, depressão tornou-se sinônimo de melancolia: uma condição caracterizada pela diminuição do ânimo, de coragem ou iniciativa, e uma tendência a pensamentos tristes. O termo depressão referia-se a um sintoma. (BERRY, 1988). Nesse mesmo século, a melancolia era popularmente conhecida e identificada por leigos por meio do sintoma de marcas roxas que surgiam na pele como pequenos hematomas. Essa ideia era passada de geração a geração, citava-se que a avó, tios e parentes próximos apresentavam tais sintomas quando passavam por um grande desgosto, que essa doença era comum entre a família.

O termo depressão gerou em todos os tempos muita polêmica, que se arrasta até a atualidade. Kaplan e Sadock (1986; 2010) descrevem três usos diferentes para o termo depressão: o uso leigo, que se refere à tristeza e ao desânimo, não estando necessariamente relacionado a uma doença; o uso psiquiátrico, referindo-se a um sintoma geralmente relacionado ao humor depressivo; e o uso para definir uma síndrome, a partir de um conjunto de sintomas. Acrescentaram que o termo depressão tem diferentes significados em vários campos científicos. Para o neurofisiologista, depressão refere-se a qualquer diminuição na atividade eletrofisiológica, por exemplo, depressão cortical. Para o farmacologista, depressão refere-se ao efeito de drogas que diminui a atividade de um órgão. O que mais nos impressiona na história dos conceitos de depressão e melancolia é que os termos foram utilizados ao longo de mais de dois mil anos, mas com sentido bastante diferente. Autores que não aceitavam a teoria humoral mantiveram o termo melancolia. Quando se fez a síntese da doença circular, os dois termos foram mantidos, embora com significados profundamente diversos daqueles que lhes foram atribuídos anteriormente.

De acordo com Kendell (KENDELL, 1993), não há, até o momento, classificação satisfatória das doenças afetivas, devido aos problemas com a depressão: variação considerável na gravidade, sintomatologia, curso e prognóstico. No entender de Henry Ey (1985), na depressão, encontram-se associados ao distúrbio de humor, a inibição e o sofrimento moral. No entanto, para Kaplan e Sadock (KAPLAN; SADOCK; GREBB, 1997; 2007) o distúrbio de humor é acompanhado de deficiências cognitivas, psicomotoras, psicofisiológicas e interpessoais.

Há que se pensar na questão de que o conceito de depressão como transtorno de humor ou afeto ainda é contestado. De acordo com Sonenreich  et al (1991) e Estevão (1993), afeto não se constitui em uma função psíquica, mas em uma qualidade das vivências do ser humano. Por tal motivo, não consideram o uso de humor ou afeto como critério para definir alterações mentais, definindo depressão de outra forma: o quadro em que ocorre a lentificação dos processos psíquicos e restrição no campo vivencial. Levando em consideração o que vem nos códigos de diagnóstico em espaço relativamente curto de tempo [CID – 9 a CID – 10e DSM – III a DSM – IV], não existe ainda uma unidade de pensamento entre os conceitos e a definição dos chamados transtornos de humor [ou afeto], e também da depressão.

No contexto da depressão, observam-se as variações: depressão unipolar ou bipolar; endógena ou reativa, psicótica ou neurótica. Buscando compreender as doenças afetivas e a depressão, presenciamos, de início, uma discussão referente à distinção entre o distúrbio bipolar, com a presença, em um único paciente, de fases de mania e depressão e distúrbios unipolares, em um mesmo doente, com a depressão ocorrendo em um quadro, sem a presença de mania ou hipomania.

Até o século XIX, os conceitos de mania e depressão eram mais abrangentes que os atuais e não estava estabelecida sua correlação. O conceito de doença maníaco-depressiva ocorreu em meados do século XIX, sendo que em 1854, Falret e Barillager descreveram uma doença à qual deram o nome de “loucura circular” e, posteriormente, de “loucura de dupla forma” (FALRET, 1854). O papel de Kraepelin foi importante porque separou as doenças psicóticas e delimitou a doença maníaco-depressiva. Em 1913, quase todas as melancolias estavam sob diagnóstico de doença maníaco-depressiva, com exceção da melancolia involutiva. A melancolia, assim considerada, foi classificada dentro do quadro das psicoses: a loucura de dupla forma (BAILLARGER, 1854), loucura circular [()] e a psicose maníaco-depressiva (KRAEPELIN, 1899).

A partir de meados do século XIX, os estudos sobre a melancolia voltaram-se para seus aspectos biológicos e hereditários. A classificação de Kraepelin que descrevia a melancolia em sua forma franca, sintomática, degenerativa, constitucional endógena, converteu-se no modelo clássico da Psicose Maníaco Depressiva. A partir de 1911, com K. Abrahan e, posteriormente, com Jung (1913) e Freud (1915), a melancolia passou a ser objeto de estudos psicológicos. Contudo, só no início do século passado, técnicas mais sofisticadas de estudo do cérebro e dos seus mecanismos abriram caminho a novas disciplinas, como a neuropsicologia e a neurobiologia, começou-se, portanto, a suspeitar que a depressão fosse acompanhada de determinadas alterações biológicas e, portanto, passível de ser combatida eficazmente com fármacos.

  CONCEITO E CARACTERIZAÇÃO PSIQUIÁTRICA ATUAL DA DEPRESSÃO

Na atualidade, o descobrimento de medicamentos antidepressivos colocou a quimioterapia em primeiro plano no tratamento da depressão. Outro passo significativo para o tratamento da depressão, após o aparecimento, por volta dos anos 1950, dos primeiros fármacos antidepressivos, deve-se a um Prêmio Nobel, o americano Julius Axelrod, que, em 1960, descobriu as substâncias que permitem a transmissão dos impulsos nervosos [neurotransmissores]. Graças a essa descoberta, deu-se um passo a frente no conhecimento da noradrenalina e da serotonina, e foram desenvolvidos outros fármacos [tricíclicos e inibidores das monoaminoxidases], até se chegar aos modernos SSRIs, inibidores seletivos da recaptação da serotonina, aos NSRIs, inibidores seletivos da recaptação da noradrenalina etc.

            Depressão [do latim depressione] é uma palavra frequentemente utilizada para descrever uma gama imensa de sentimentos negativos e sombrios. Em primeiro lugar, depressão não é um estado de tristeza profunda, nem desânimo, preguiça, estresse ou mau humor. A depressão é diferente da tristeza, pois a tristeza geralmente tem uma causa conhecida e duração determinada no tempo e no espaço. Já a depressão envolve uma gama de sentimentos difusos de longa duração no tempo e no espaço, geralmente relacionados à angustia. A depressão, enquanto evento psiquiátrico e psicológico, é algo bastante diferente da tristeza. Mesmo assim, em alguns casos, podemos considerar a depressão como uma reação natural da pessoa em períodos de transição, especialmente em tempos de mudanças e crescimento, em épocas que antecedem novos horizontes de amadurecimento do ser em constante processo de desenvolvimento. O grande problema na diferenciação da tristeza em relação à depressão consiste na prevalência da tristeza como sintoma da depressão. Metaforicamente, a depressão é um túnel do qual parece impossível sair; um abismo cinzento que engole a vontade de viver; o vazio, a angústia que aperta a garganta; uma solidão sem fim. Um poço sem fundo que teima em atrair o deprimido para o seu interior desconhecido.  A depressão tem muitos nomes, todos terríveis. Eu prefiro denominá-la eclipse da alma. Nunca despreze as pessoas deprimidas. A depressão é o último estágio da dor humana

A depressão é uma doença antiga: sabemos bem o que significa sofrer do mal obscuro. Muitas personagens famosas do passado, como Edgar Allan Poe, Honoré de Balzac, Johan Wolfang Von Goethe, Fjodor Dostojevskij, Liev Tolstoj, Ernest Hemingway, Michelangelo Buonarroti, Carl Gustav Jung, Friedrich Nietzsche e, mais recentemente, Marylin Monroe, Virginia Woolf, Woody Allen, Vittorio Gassman, Milv, Sandra Mondaini, Ornella Vannoni, viveram esse momento terrível. A essa lista podemos acrescentar Caim, Jeremias, Ezequiel, Daniel, Elias, Paulo etc. (Gn 4; 1Rs 18, 19; Rm 7). 

Considerações Finais

A psiquiatria moderna compreende a depressão como sendo uma desordem do funcionamento cerebral que afeta e compromete o funcionamento normal do organismo, com reflexos ou consequências na vida pessoal em seus aspectos emocionais ou psicológicos, familiares e sociais. A doença depressiva deve, portanto, ser examinada sob o ponto de vista biológico, genético, cognitivo, social, econômico, espiritual e história pessoal. A depressão corresponde a um estado de doença no qual o cérebro e a mente têm seu funcionamento normal alterado e a personalidade do paciente sofre as consequências. Dizendo de outra forma, a depressão tem sua base biológica nas alterações bioquímicas e depende de condições psicológicas do meio ambiente para ser desencadeada.

Os sintomas da depressão são muito variados. Os mais comuns são: humor deprimido; irritabilidade; ansiedade e angústia; desânimo e cansaço; apatia e desinteresse; medo e insegurança; vazio e desesperança; dificuldade em sentir prazer em atividades anteriormente prazerosas; autoestima baixa; ideias desproporcionais de culpa; alterações de sono; alterações de peso; dificuldade em concentração e atenção; esquecimentos frequentes; vontade de deixar de viver; ideias de suicídio. Outros sintomas que podem vir associados aos sintomas centrais são: pessimismo; dificuldade de tomar decisões; dificuldade para começar a fazer suas tarefas; irritabilidade ou impaciência; agitação; achar que não vale a pena viver; desejo de morrer; chorar sem motivo; boca ressecada; perda do desejo sexual.

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